quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O primeiro dia de aula



A emoção da primeira aula. Olhei para o rapaz lá na frente, com um sotaque diferente do meu, ele é italiano. Bem vestido, educado e interessante, não faz rodeios, fala com tranquilidade sobre sua trajetória e explica o que pretende com seu curso. Eu não sabia bem o que encontrar nesse curso de doutorado, onde estou com aluna especial ainda. Me interessa fazer com que minha prática de tradução fique cada vez mais reflexiva. Aprimorar meu trabalho sempre foi um desejo meu, e gosto muito de trabalhar com tradução. Evoluir, aliás, é uma palavra interessante. Para mim, evoluir tem cheiro de aprender, aprender a ser melhor, aprender coisas novas, novas palavras e novas atitudes. Talvez por isso eu tenha gostado tanto da primeira aula, o professor deu um texto sobre os paradigmas da ciência. Claro que já transfiro para minha vida, minha prática docente, minha convivência com as pessoas. Mudar paradigmas é um processo lento, cheio de complicadores, e eu gosto muito de enfrentar desafios. Este curso, assim como todos os cursos para mim são desafios. Sou dispersa e não consigo memorizar muita coisa. Sou inquieta e envergonhada, apesar de aparentemente extrovertida e segura. Engano bem, essa é a verdade. Sou super insegura e me sinto super frágil ao olhar dos outros. Por isso visto a capa da superwoman e tento fazer de tudo um pouco. Mas adoro enfrentar desafios, e claro, de preferência vencê-los. Ainda tenho muita coisa pela frente, tenho uma porção de desafios, todos os dias.

2 comentários:

  1. Para mim é tão estranho, depois de anos longe das cadeiras escolares, voltar a ser aluna. Mas é bom!
    De certa forma, parece que voltamos no tempo, mesmo sabendo que estou avançando no conhecimento e me colocando novos desafios. Sinto novamente aquela inquietação, aquela insegurança, aquela vontade de aprender mais, de entender mais o que se passa. É uma certa nostalgia, uma descoberta, a cada aula, da minha capacidade de apreender o mundo e a mim também. É emocionante a sensação de vencer barreiras, de crescer.

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  2. É sim, Rê, é maravilhoso a gente se descobrir distante da infância e adolescência, buscando outras coisas nesse lugar de aluna.

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