quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

As visitas

Estes dias duas amigas vieram passar uns dias aqui em Florianópolis. Uma delas é amiga de justos 35 anos. Imaginem vocês que emoção, poder matar a saudade, conversar, fofocar, passear, rir e chorar com uma amiga de 35 anos. Nos conhecemos na universidade e desde então nossa amizade vem conseguindo vencer todos os obstáculos que o tempo e as diferenças costumam impor. Casamentos, filhos, diferenças de temperamento, distância, trabalho, objetivos, forma de ver e levar a vida. Creio que o que segurou essa amizade foi, além do amor, o respeito e o desejo de continuar. A vontade de sempre dizer: fulana é minha amiga. Ter orgulho disso, ter prazer em dividir as dores do passado e pensar no futuro dessa amizade. Promessas de visitas que se concretizarão, despedida doce, cheia de compreensão e de vontade de entender e dar a mão. Nos abraçamos com emoção. Foi bárbaro. Ana, Renata, obrigada por tudo, queridas.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Férias ainda, ainda bem

É bom saber que ainda há férias adiante. Depois de um ano de muito trabalho, de expectativas, de sonhos, de realizações, de grandes ganhos e de grandes perdas, aqui estou firme e forte, aproveitando um pouco do mar, do sol, das praias lindas. o tempo está quente e chuvoso, quase todos os dias faz sol e depois chove, o que deixa meu jardim muito feliz! Eu já não fico tão feliz, pois a grama cresce rápido, porém é uma desculpa para poder fazer uma atividade física. Pego o cortador de grama, e vou ao ataque. Daí a pouco o gramado está baixinho e bem lindo. Sempre faço uns freelas nas férias, ontem terminei um trabalho e hoje estou adiantando outro. Está bom, gosto do que faço.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Reflexões 2

Dei uma parada, mas logo retomarei. Fiquei abalada com os últimos acontecimentos e estou tentando fazer coisas agradáveis para tirar as preocupações da cabeça. Caminhando, encontrado amigas, conversando sem pressa, andando de bicicleta, rindo com o André e fazendo meus freelas. Uma hora dessa desembesto a escrever novamente.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Perdas

Perder faz parte do ato de viver. Todos os dias perdemos tempo, células, cabelos, pelos, perdemos dinheiro. E várias vezes, durante a vida, perdemos pessoas, pessoas muito amadas e próximas,ou apenas conhecidos, amigos de amigos, parentes distantes, parentes de amigos. Várias vezes também perdemos nossos animaizinhos, ou nossas plantas, e quantos não perderam suas casas, seus bens materiais em chuvas, enchentes ou mesmo nas esquinas da vida.
Hoje para mim é um dia triste, pois perdeu-se uma pessoa que, embora já perdida, era jovem. Poderia não ter se perdido? Poderia ter sobrevivido à força do vício? Poderia ter vencido o crack? Não conseguiu. Ele sabia que nunca teria força para deixar o crack. Mais um jovem perdido para as drogas, e com isso perdemos todos nós, seres humanos. Não o conhecia pessoalmente, mas sei da batalha da família, do sofrimento que causava a si e aos outros. Acendi um incenso em sua memória, agora que ele está em paz.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Sonetos e sonetistas

Quando meu filho mais velho começou a fazer sonetos, fiquei pensando como é que ele consegue pensar tema, rima e métrica, eu que sou completamente caótica na minha escritura, que quando consigo uma rima é do tipo coração com mão ou filão com pão. Mas admiro demais essa capacidade do Bruno. Ele tem publicado seus trabalhos no www.osolhosdopoeta.blogspot.com.
Há uns dias estava limpando minha estante, quando me deparei com um livrinho chamado Madrugada, publicado em 1921, no Rio de Janeiro, com poemas, na maioria sonetos datados de 1915 e 1916, de meu avô Renato de Castro Lima. Bruno estava aqui em casa passando férias, e mostrei a ele o livro. Ficamos encantados, pois não sabíamos dessa faceta de meu avô. Bruno nem chegou a conhecê-lo, o que descarta a possível influência dele na criação artística do neto.
Sei que nossa família é toda meio performática, meus pais tocavam piano, minha mãe escreve muito bem, meu pai tocava gaita e era um desenhista incrível (era arquiteto), meu sogro era clarinetista, Bruno tocou tuba e teclado, atuou em mímicas e teatro, meu ex-marido foi ator e toca violão e canta, Daniel canta e toca um pouco de violão e André tocou teclado durante muito tempo e e extremamente musical. Eu mesma escrevi muitos poemas e ainda escrevo contos, mas nunca sonetos. Toquei piano, atabaque, cantei. André fala e escreve em inglês fluentemente, sem nunca ter viajado ao exterior e agora está aprendendo japonês. Tem uma habilidade incrível para aprender línguas estrangeiras e para ritmos. Enfim, uma família cheia de gracinhas e musicalidade, e o dom da palavra, escrita ou falada. Mas sonetos... isso é herdado do avô paterno, tenho certeza. Como explicar esse dom? Nao vejo outra possibilidade. Bem, mas para terminar esta divagação, vou publicar aqui um dos sonetos de meu avô, com a mesma grafia antiga que está no livro. Tentei pegar um dos sonetos do Bruno para postar também, mas o blogspot estava muito lento e não consegui acessar:

ARTE (1915)

A´s vezes, alta noite, quanto venho
-rumo de casa - descansar da luta,
olhando a lua doce e branca tenho
o pensamento longe da labuta...

Acceito a vida, ás vezes como um lenho,
outras como uma taça de cicuta, -
e como fica, então, menos ferrenho
o interesse com que ando na disputa...

Mas, o continuo anseio de ser grande
na arte do verso que cultivo e estudo,
minha alma em sonhos se engrandece e expande...

Arte! Como é sereno teu poder!
Na protecção que encontro em teu escudo,
acho todo o incentivo de viver!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Banco do Brasil e sua clientela indesejada

Vou contar a vocês o que se passou comigo no Banco do Brasil da Lagoa da Conceição. Sem entrar em muitos pormenores, fui pagar uma conta. Meu cartão está vencido e minha conta não é daqui, por isso entrei na fila para pagar no caixa com cheque avulso. Ao chegar no caixa, fui informada que teria que pedir autorização para o gerente, pois não poderia fazer a transação sem o cartão, mesmo no caixa. Depois de longa espera chega um moço sorridente, sr. Adriano, gerente da agência. Eu agradeci o bom humor dele, pois já havia passado por uma pessoa de má vontade e irônica, o porteiro sr. Felipe Poncio, se não me falha a memória. Bem, sr. Adriano me respondeu o seguinte: que ele aparentava bom humor, mas que estava muito aborrecido, já que tinha que ficar "apagando fogo", resolvendo problemas que "nós" (clientes problemáticos) trazíamos para eles. Disse mais, que deixava de realizar grandes negócios, enquanto resolvia problemas o dia todo. Argumentei, para não ser indelicada, sobre minha situação como professora. Alunos dão problemas e passamos muito tempo da aula "apagando fogo", mas escola sem alunos - e seus problemas - não existe, não existem professores se não existem alunos. Argumentei que banco sem cliente é a mesma coisa, não precisaria haver gerente de banco. Claro que sr. Adriano não concordou comigo. Com minha minúscula conta bancária não sou nada, sou apenas uma das pessoas que atrapalham a realização a contento das grandes transações, apenas uma pedra no sapato do Banco do Brasil e seus negócios triliardários.

Engarrafamentos na Ilha de Santa Catarina e as idéias de jerico dos governantes

Sempre tem gente com idéia de jerico - aliás, acho que os jericos são muito mais inteligentes que nós - para minimizar o problema do trânsito lento em Florianópolis. Agora vem um inglês dando a idéia de se cobrar pedágio para fazer com que as pessoas parem de usar seus carros. Uns dizem que o modelo tal funcionou perfeitamente bem na Suíça, outros dizem que o modelo x+y funcionou muito bem em Singapura, etecétera e tal. Meus caros, todos sabem, estão de cabelos brancos de saber que, para minimizar o problema será necessário, em primeiro lugar, melhorar - e muuuuuuuito - a qualidade do transporte público (ônibus decentes, mais confortáveis, com ar condicionado no verão, ao menos), aumentar não apenas o número de ônibus, mas também a rede, haver transporte em horários decentes para a população trabalhadora e a a preços decentes. Se tenho que desembolsar mais de R$12,00 por dia para ir e voltar de meu trabalho no continente, prefiro ir de carro. Não preciso me submeter aos horários ridículos e malucos e desencontrados dos poucos e desconfortáveis ônibus que fazem linha direta entre meu bairro (o ponto mais próximo fica a um quilômetro de minha casa, dos quais 500 metros ao menos é em estrada de chão e sem calçada) e a cidade, onde tenho que tomar outra condução desconfortável para meu trabalho. Esta é a solução para a melhoria do trânsito. Infelizmente nas férias, que são apenas poucos dias, as pessoas tem que ter paciência, pois o número de carros aumenta em quase 5 vezes, não há como manter uma estrutura viária para férias de no máximo 20 dias.
O que nossos políticos e seus "grandes lançadores de idéias" tem que ter em mente, antes de mais nada, é lembrar que ganhamos em reais, e não em dólares, euros ou libras, e que nosso sistema de transporte é de terceiro mundo, cobrando taxa de primeiro mundo. Não ao pedágio, não às taxas exorbitantes, não aos maus políticos e suas idéias mirabolantes para tirar mais dinheiro d@s trabalhador@s, sim ao bom transporte público, ao preço decente de passagens,ao respeito pelo público, às calçadas em bom estado, às ruas pavimentadas e à rede de esgoto e cuidados com as praias e as áreas preservadas. Não à especulação imobiliária desenfreada, não às construções irregulares, não à sujeira e à podridão das propinas.
Ah, esqueci de comentar...todos reclamam que os caminhões que entregam CERVEJA não conseguem chegar em tempo hábil no norte da Ilha ou outros lugares! Caramba, estamos numa ILHA! Que tal usar o transporte marítimo?

Mais novidades das férias

Ainda bem que nas férias faço tudo diferente do que faço durante o ano letivo. Quebro as regras, vou à praia, faço atividades físicas ao ar livre sem pensar que daqui a pouco terei que tomar banho para ir para a escola, arrumo a casa em qualquer horário e levo dois dias para fazer a faxina!!! (às vezes mais...huahuahua). Fiz muita coisa legal estes dias e aproveitei os filhos de montão. Foi bom estar com eles três juntos, cada qual com suas idiossicrasias - e eu com as minhas. Passeamos na Ilha do Campeche e claro que o André se recusou a ir, queria dormir...como é difícil conciliar os horários e desejos dos 3 de uma vez, principalmente do André com os irmãos mais velhos, ele tenta nos driblar de qualquer maneira. Bem, mas ao menos foram numa danceteria e jogaram sinuca juntos e um dia nós fomos almoçar em Santo Antônio de Lisboa. Dias de chuva tem marcado este início de ano, calor mesclado a dias chuvosos e mais frescos.
A Ilha do Campeche é um pedaço de céu na terra, águas mansas e quentinhas, ao menos nesta época. O trajeto da Armação até a Ilha é feito em embarcação de pescadores com coletes salva-vidas e leva uma meia-hora, talvez. Vive uma enorme quantidade de quatis na ilha, então a gente tem que cuidar com bolsas e chinelos, para que eles não levem para o mato, principalmente se houver lanche nas bolsas!
Nestes dias fiz alongamento, joguei frescobol, passeamos na Praia da Daniela, também (acho esta praia sem-graça, mas o Bruno e o João andaram de Banana-boat, que agora não joga mais as pessoas na água). Ray e eu ficamos jogando.
Ontem fomos à Praia do Campeche, e depois Bruno fez um churrasco de despedida. Ele e Ray voaram de volta ontem à tarde. Vou sentir saudade dos meus filhotes, mas logo voltam. Espero que venham para o carnaval. Ainda bem que o André está aqui, me distrai um pouco nesta transição de casa cheia para casa vazia. Também decidi alugar o quarto dos fundos para o amigo do André, o João, assim algumas despesas se pagam.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Dia primeiro de 2010


Continuo inventando coisas novas e divertidas para as férias! Estou curtindo muito, me divertindo muito, aproveitando muito. Hoje fomos andar de caiaque na Lagoa da Conceição. Pela primeira vez na vida remei sozinha num caiaque individual, passeei no meio da Lagoa, me senti numa paz enorme no meio daquela água toda e eu, sozinha com meus pensamentos. O dia estava lindo, pouca brisa, perfeito para remar. Havia muita gente na água, caiaques, pedalinhos, barcos diversos, muitas crianças, famílias. Depois de remar, fui com meu filho e minha nora comer uma sequência de camarões, não me lembro o nome do lugar, mas é quase em frente do lugar onde remamos. Bem servido, não precisamos nem jantar. Depois resolvemos ir à praia da Joaquina, pois minha nora não conhecia. No caminho paramos num bar de snooker e quisemos jogar. As mulheres contra o Bruno. Claro que ganhamos, é óbvio, dois a zero, sem chance para o coitadinho...

Depois fomos à Joaquina e fomos obrigados a confirmar o que nos haviam dito: o trânsito está caótico. Da Joaquina até a Av. da Rendeiras levamos quase duas horas. Não há o que fazer, tem que esperar. Aproveitei para caminhar a fazer alongamento, e Bruno e Ray me pegaram já na Av. das Rendeiras, lá para a frente. E para coroar a noite, pedi que parassem o carro e mostrei a eles a lua, quase cheia, iluminando as águas da Lagoa da Conceição, um dos espetáculos mais lindos destas paragens!

Festa de Ano Novo



Passagem de ano é sempre divertida quando a gente está em grupos! Todos os "desgarrados" amigos se juntaram e fomos passar a meia-noite na casa de um casal de amigas. O jantar foi: arroz com lentilhas, perna de cordeiro com geléia de menta, salada, lombo assado com batatas e cebolas. Tomamos espumantes e frisante rosé. Mas antes da ceia fomos à praia do Sampbaqui para ver os fogos de artifício da Beira-Mar. Foi um espetáculo muito bonito e nós nos divertimos muito, pulamos sete ondas e comemos uvas! Depois voltamos para casa e dançamos até perto de 4h da manhã. Foi uma passagem de ano muito gostosa, boa comida, boa companhia e boa espumante. Tudo o que precisávamos para iniciar bem o ano de 2010!