domingo, 27 de setembro de 2009

Cinema espanhol

Acabei indo ao cinema, apesar da chuva. Já estava cansada de ficar trabalhando em casa, e achei que seria uma boa pedida ver um filme espanhol. Certamente não me arrependi, é uma comedinha bacana, e o elenco é fabuloso (Maribel Verdú, Blanca Portillo, Jesús Castejón, Víctor Valdivia, Enrique Villén) . Eu sou fã da Blanca Portillo, que fez a Augustina em Volver - Almodóvar. A história é sobre uma moça (Maribel Verdú) cujo pai tem um negócio de bilhar e é jogador. O homem está muito doente, e a filha vai com o neto para vê-lo, mas ele morre antes. Sua amante Charo (Blanca Portillo) conta que ele estava arruinado financeiramente, e a filha decide reativar os negócios com a ajuda de Charo e dos amigos do pai. A história é leve, o humor interessante, ou seja, não se perde por vê-lo. É verdade que também não se ganha muito, mas é uma diversão garantida para uma noite chuvosa de domingo. Ainda mais quando, depois do filme, a gente vai com as amigas comer uma maravilhosa pizza no Saint German.
Ouvi comentários sobre o filme de ontem, REC, que disseram ser terrível, muitas pessoas saíram da sessão antes do final, pois era um filme de horror e a maioria não sabia. Nem todo o mundo tem estômago para filmes de horror, e eu também não tenho...morro de medo. Filmes de suspense também me deixam particularmente nervosa, evito. Gosto de dramas, aventura, policial, cult. Não sou muito chegada a comédias. Mas valeu a saída, com certeza.

Sopa de ervilhas e cinema

Acho que vou arriscar e enfrentar o tempo chato lá fora para assistir ao filme espanhol Sete Mesas de Bilhar Francês, com direção de Gracia Querejeta. Faz parte de uma mostra de cinema espanhol que estão apresentando no Cine Clube Sol da Terra, que é um espaço cultural muito especial aqui em Florianópolis.Infelizmente eu não pude ir aos outros, por causa do trabalho, mas hoje será que o mau tempo será um desculpa? Espero que não.
Ah, fiz a sopa de ervilhas, nada de especial, fritei alhos e um tanto de bacon no azeite de oliva, coloquei as ervilhas (que já haviam ficado um tempo de molho) e aproveitei umas linguiças sequinhas que eu tinha no congelador, são umas linguiças coloniais temperadas quase sem gordura, eu gosto muito. Provei o sal, deixei tomar gosto, e tomei o caldo com pimenta malagueta. Olha, repeti o prato, mas isso vocês não contem a ninguém! Só mesmo num domingo chuvoso!!!

A boa viagem das orientações


É a segunda vez que tenho o prazer de orientar alunas para seus trabalhos de conclusão de curso. A primeira experiência foi muito boa, com alunas que queriam discutir a literatura de Cassandra Rios no contexto da visibilidade lésbica. As orientandas fizeram um trabalho bastante interessante, que merece ser apreciado como projeto de mestrado. Um aspecto que considerei relevante neste trabalho é que não há relação entre o interesse delas pelo tema e suas vidas pessoais. Isso me deixa satisfeita, pois há sempre uma reivindicação por parte da crítica conservadora de que a crítica lésbica só é feita por lésbicas, a crítica gay só é feita por gays e assim por diante.
A segunda experiência está sendo muito marcante pelo mesmo motivo. Mas por razões pessoais de cada uma das três participantes do grupo e da própria orientadora, euzinha, muitas vezes as discussões teóricas levantadas acabam trazendo aspectos de repressão sexual e de gênero familiar e social sofridas, que nos levam a refletir não apenas sobre o alcance da pesquisa delas, como repensar nossas próprias práticas diárias passadas e presentes. Não vou contar ainda sobre o tema, pois teremos uma apresentação em grupos para trocar experiências, e aí as orientandas terão a oportunidade de expor suas idéias e compartilhar. Esperarei até então para contar no blog.

Hoje amanheceu nublado e chuvoso. Já fez calor, esfriou, choveu, caíram pequenos granizos, e agora está uma chuvinha fina, boa de dormir. Estou pensando em fazer um creme de ervilhas para o almoço, preguiça de sair de casa com esse tempo. Além disso, ainda estou terminando o trabalho de revisão, que me tomou muito mais tempo do que eu pensava. Adoro os trabalhos de revisão e tradução de textos, mas é difícil dar um prazo, às vezes a gente se engana...desta vez me enganei feio, estou levando um tempo enorme nos textos, e olha que não estou enrolando...só agora parei para escrever no meu bloguinho.
Depois dou a receita do creme de ervilhas...claro que se ficar bom!!! huahuahua

terça-feira, 22 de setembro de 2009

ARGH!


Adoro ficar deitada na cama de manhãzinha pensando em quê escrever no meu bloguinho. Ontem dei um pitaco no blog da Carô Murgel sobre o cigarro e resolvi me manifestar novamente por aqui também.
Tenho uma visão bem parecida à das pessoas que se manifestaram ali. A saúde é importante? Claro que sim. Mas quem, em sã consciência, acredita que os órgãos governamentais estão fazendo tanta campanha e proibindo o cigarro por causa de nossa saúde? hahahahaha! Caros, existem mais podres entre o céu e a terra do que sonha nossa vâ filosofia (Shakespeare)... Tanta proibição não diminui o consumo, só encarece o produto. Além do mais, fica muito mais difícil que uma pessoa com câncer possa acionar legalmente uma dessas grandes indústrias do tabaco depois de provado que a pessoa foi bem alertada, fumou porque quis, não foi incentivada, ao contrário, foi bem desestimulada ao vício. Claro que um ambiente fechado cheio de fumaça incomoda - concordo em proibição neeeeessssttteeee caso, claro que tem gente que tem alergia, claro que a roupa fica fedendo, claro que cinzeiro sujo é um saco, claro que existem regras de educação ao fumar. Mas a paranóia em torno de quem fuma hoje em dia é um horror, cada um de nós se transformou no vigia do outro, bem ao gosto do estilo norte-americano de viver, onde todos se vigiam e se delatam. O prazer do bom cigarro é sempre quebrado por uma frase do tipo: isso faz mal à saúde, deixe de fumar, vamos fazer uma boa e saudável caminhada e comer um bom e saudável prato de verduras???? Carne? Nem pensar! Ovos? Leite? Argh, nem pensar! Doces, bolos, tortas, massas? Arrrrrgh! Chocolate? Arghs triplos e pulos de horror. Tinta de cabelo para parecer menos velha? Argh, estraga o cabelo - cara, a idade já tá levando a vitalidade do cabelo, a tintura às vezes até ajuda a dar um brilhozinho...
Mas mudando um pouco de pato para ganso (adoro umas frases feitas, elas me servem tão bem!!!) esse panótico às avessas da televisão tem um poder ilimitado sobre as pessoas; a mídia em geral, mas principalmente a imagem unida ao som, que traz o sonho pronto. As tecnologias não são más, o progresso não é mau, a medicina tem feito milagres para melhorar nossa qualidade de vida, tanto que, se eu estivesse nos tempos do nosso caro Machado (o de Assis) já teria passado desta para uma melhor -esticado as canelas, batido as botas- no mínimo no primeiro parto, já que meu primogênito estava sentado e era grande. Não fosse a cesariana, não fossem os antibióticos na mastite e outras tantas maravilhas, puxa, nem estaria aqui mesmo! Por outro lado, a ditadura imposta pela telinha é de matar. Insidiosa, nojenta, alarmante. Em seu texto Tecnologias do Eu, Foucault fala sobre as formas de poder e como nós, indivíduos, realizamos uma série de operações em nossos próprios corpos e mentes para nos encaixar dentro dos padrões estabalecidos pelo poder. A televisão não leva nossa imagem ao Grande Irmão, mas traz a imagem de uma forma massacrante aos nossos lares, às nossas cabeças, até que todos os valores veiculados se transformem em valores coletivos...uma verdadeira lavagem cerebral, um instrumento realmente de manipulação de se tirar o chapéu. Somos uma outra época da história da humanidade, nada a ver com nossos bisavós. Hoje a história é bem outra. Depois continuo com minhas reflexões. Agora tenho que ir para o trabalho, pois também do pão e do vinho vive a Bau. Beijos.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Concursos e mudanças de plano

Hoje o dia esteve especialmente bom. Apesar da temperatura variar muito e haver em um momento sol e no outro nuvens, estive o tempo todo trocando experiências e idéias com pessoas inteligentes e cheias de boa vontade. Acho que um dos motivos de tanta alegria também é que tomei uma decisão que, embora difícil, me agradou muito. Bem posso ainda mudar de idéia até sábado, mas desisti, ao menos por enquanto, de fazer o concurso que pensei em fazer em João Pessoa. É específico de uma área que domino na prática, mas cuja teoria desconheço. Dessa maneira eu gastaria um monte de dinheiro para não passar da primeira etapa... Mas é uma decisão muito terrível de se tomar, pois a estabilidade que se ganha num concurso desses é invejável até hoje. Muita gente considera que a saída para seus problemas é passar num concurso público. Acho que têm razão. Ah, estou com sono, amanhã continuo. Boa noite.

sábado, 19 de setembro de 2009

Reflexões

Nem quero colocar marcador, acho que tudo agora começa a se aclarar em minha cabeça: provoco susto, espanto, não pertenço nem a este nem àquele mundo, pois meu mundo é aquele que provoca o susto, o espanto, acho que nunca consegui sair disso, o que sou ou o que penso, isso é meu. Totalmente meu. Falar do mundo, das coisas, faz parte daquele meu lado que detesto. Não quero falar do mundo, pois eu tenho uma visão bem distinta do que normalmente se diz que o mundo é. Não gosto de transitar na calçada da maioria, costumo me espalhar no meio da rua, onde todos deveriam ter o direito de passar. Aí que me bato com as pessoas. São presas de seus próprios medos e preconceitos. Nem quero julgar, mas acabo julgando. Amigas que estão presas em suas teias...eu não sei o que fazer. Correr é impossível, agora, não quero mais correr, espero que a morte chegue pelas mãos alheias como vingança?

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Pensamentos soltos

Há dias sem escrever de novo, nada sistemática, mas estou adorando me conhecer assim, assistemática, a-alguma coisa. Tá ótimo. Estou fazendo um trabalho grande, e adoro ficar à mercê dos livros e do computador, dos dicionários e das novas teorias que invadem a minha vida. Apesar do vento que está cruel hoje, que trouxe um friozinho, e da chuva chatinha que enlameia tudo e deixa minha sala de estar parecendo o "barracão de zinco", com as roupas num varal improvisado tal qual bandeiras desfraldadas, estou feliz, e empacotada em duas meias e duas blusas. Quem tem que sair muito de casa para trabalhar sabe do prazer de poder ficar empacotada no escritório ou na sala, mesmo que seja trabalhando. Bom, nem vou falar do lazer agora, pois não dá, amanhã ou semana que vem...talvez! Outro dia cometi uma sacanagem contra mim mesma, escrevi um texto, postei, e depois apaguei. Eu relatava a violência doméstica em minha experiência pessoal, e foi tão dolorido e forte que não aguentei, tive que tirar. Me senti como se estivesse expondo uma ferida ainda tão aberta como há vinte anos, sem a possibilidade de cicatrizar. Então apaguei. Deixa no escuro da minha cabeça. Minha namorada está viajando, fiz supermercado com meu filho. Às vezes fica difícil sair de meu umbigo. Daqui a pouco vou comer.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Calor e frio

Puxa, há três dias eu estava na praia tomando sol e cerveja, comendo camarão, e hoje estou com as mãos geladas, com dois casacos, com frio nos pés!!! Estes veranicos tem disso, a gente se enche de esperança de que todos os dias serão lindamente ensolarados, e repentinamente um ciclone vem e nos pega de calças curtas, literalmente. Todo o mundo de short, tiritando de frio. Enchentes, chuvas de gelo e vento, telhados quebrados, casas ruídas e deslizamentos, muita gente desabrigada, esse é o saldo desse encontro de frente fria e quente. Espero que passe logo, e que as pessoas possam retomar suas vidas.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Violência de gênero

Tenho acompanhado quase diariamente as notícias do Diário Catarinense, principal veículo de informação em Santa Catarina depois da televisão. As notícias sobre a violência contra a mulher aqui são estarrecedoras. Quase todos os dias me deparo com um assassinato perpetrado por um ex, ou por um atual marido, namorado ou amante. Há pouco tempo um marido matou a mulher no norte da ilha e a deixou morta na garagem de casa, e seu assassinato só foi descoberto porque ela não apareceu no trabalho. O motivo? Caramba, importa o motivo da violência? O homem matou, seja por ciúme, por raiva, por vingança. Ele matou. Há poucos dias um homem agressor, que já não podia se aproximar da ex-mulher, se aproximou. E a matou com 11 tiros, dentro da loja de conveniências do posto de gasolina que eu frequento,no sul da ilha. Ele só está preso porque estava procurado por estelionato. Há outro tanto de tempo uma americana que morava em Sâo Paulo jantou com os amigos na praia dos Açores. Poucos dias depois foi encontrada morta e enfiada num saco em uma tubulação também no sul da ilha. Não se descobriu os assassinos. Esta semana uma menina planejou a morte da mãe e da namorada da mãe, que a "obrigavam a ajudar na limpeza da casa" . Por não aceitar o relacionamento estável homossexual da mãe, planejou matá-las, e a duas amigas. A idéa era abrir a porta à noite, e dois rapazes amigos as matariam a tiros. Os rapazes foram ouvidos pelo Conselho Tutelar e estão nas ruas outra vez. A menina ainda está em poder do Conselho. Como essa garota vai voltar a seu lar? Como essa mãe vai dormir com o inimigo? Em julho um homem foi atrás da ex-mulher no shopping e a matou a tiros ali mesmo. Estou tentando juntar todas as reportagens sobre esse verdadeiro femicídio que acontece em Florianópolis e no Estado de Santa Catarina, em busca de ajuda para que possamos também pensar numa campanha contra a violência de gênero aqui, uma vez que parece que as leis não estão sendo suficientes para frear essa sanha assassina de homens inconformados pela rejeição das mulheres. Ainda não sei como começar, mas vou descobrir.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Parada da Diversidade

Domingo Ci e eu fomos à Parada da Diversidade em Florianópolis, onde moro. Antes de nos concentrarmos no Koxixo's, o bar simpatizante de onde saem os caminhões (trios elétricos), fomos dar uma volta nas praias com meu filho mais velho e minha nora que vieram passar o feriado conosco. O passeio foi ótimo, mas o restaurante caro, então desistimos de almoçar ali. Comi um espetinho na Parada e tomei umas cervejas com Ci. Quando chegamos tinha bastante gente, mas ainda havia estacionamento. O tempo estava nublado e quente, e começamos a caminhar entre as pessoas, os ambulantes vendendo bebidas diversas, as pessoas sorrindo, tirando fotos, curtindo a Parada. Tinha de tudo um pouco, mulheres - lésbicas ou não, homens gays ou não, travestis tanto femininos quanto masculinos, famílias heterossexuais e homossexuais, senhores, senhoras,montes de gente apreciando um momento de descontração e de apelo político. Foi uma maravilha caminhar ao lado de tanta gente segurando aquela bandeira enorme pela Avenida Beira-Mar Norte. Minha companheira disse que se alguém dissesse para eu largar aquela bandeira eu daria uma mordida. Nem pensar. Eu só sairia dali por vontade própria. Como já não sou mais uma menina e trabalho muito, num momento tive que largar a bandeira e voltar para casa, mesmo antes da caminhada toda. Mas foi incrível estar com todas aquelas pessoas, e poder compartilhar com elas esse momento de visibilidade. Conversei com mulheres de todas as idades e foi muito estimulante. E um detalhe no mínimo chocante. Fui buscar uma cerveja e um sujeito se sentou ao lado de Ci para conversar. Eu cheguei e começamos a falar sobre a Parada e o sujeito não se identificou como gay, pois, segundo ele, era ativo. Disse que não era gay, que gostava de mulheres, mas que se tivesse um gay disponível, ele transaria. Aí eu disse: então você é gay! Ele me olhou com uns olhos meio bêbados e disse: será? O que vocês acham? Caramba...

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

D.Dolores

Imaginem o que o coração sente mas a mente não acompanha, a idade avançada, a demência senil, a exigência da companhia, e ao mesmo tempo a doçura da atenção, de uma relação de outra dimensão. Isso tudo foi D. Dolores para mim, uma relação de outra dimensão com uma pessoa que não conheci saudável e que agora se vai, assim, como num domingo em que segurou em minha mão. A mãe de minha amiga foi parte de algo que foi meu também em um momento. Se isso representou algo para o mundo, não sei, mas com certeza representou algo para mim. Meu mundo está cheio de pessoas que não existem, mas ao mesmo tempo se transformaram em uma família distante, ou próxima. É perto delas que estou envelhecendo.

Camarão com aipim

Contei que gosto muito de culinária, e falei sobre ter feito um camarão espetacular, mas não dei a receita. Comprei camarão sem casca, qualquer tamanho a partir do de Laguna serve. Claro que quanto maior, mais saboroso, mas nem sempre o dinheiro dá. Cozinhei o camarão no bafo com pimentão vermelho e amarelo, tomates e coentro. À parte cozinhei o aipim e bati no liquidificador com a água do camarão e coalhada. Juntei os ingredientes, adicionei sal, coloquei num refratário com queijo ralado e tomates por cima e levei ao forno para corar. André e eu comemos com arroz de alho (arroz branco, feito com azeite de oliva e alho) e salada de alface com cebola crua. Experimentem fazer e depois vocês me contam o resultado. Quem sabe nos vemos no domingo na Parada da Diversidade.

Preta Gil

Já há umas duas semanas estou me devendo este comentário. É que li uma entrevista de Preta Gil no site so Terra que dizia o seguinte: " A atriz e cantora garante que a sua fase polêmica
acabou. "Tudo que tinha para falar de indecente e imoral já falei. Não namoro
mulher há, sei lá, dez anos", contou."
A comparação, ou a proximidade de uma coisa e outra me pareceu bem infeliz.
Indecente, imoral e namorar mulher....isso me arrepiou os cabelos, só de pensar no tipo de reação que as pessoas podem ter ao ler esse tipo de comentário.
Depois, ainda vem a pérola:"Noiva do mergulhador Carlos Henrique Lima, Preta diz ainda que quer se casar com tudo a que tem direito."
Casar com tudo a que tem direito, como só os heterossexuais podem. Homossexuais não podem ter direitos de casal. Ou, para que tenham direitos de casal, passam por uma série de constrangimentos, começando pela diferente terminologia de casamento e união estável.
Bem, esta é uma crítica direta que faço ao discurso de Preta Gil e ao site do Terra.

Mais uma coisa: passando pelo Rio Tavares hoje, vi a chamada para a Caminhada da Diversidade no domingo. Sabe, fico possuída quando vejo chamadas para festas da "diversidade" coroadas com avisos como "use camisinha", "não transe sem camisinha". Quando se fazem raves, festas hetero (supostamente), ou outras festas consideradas heterossexuais as pessoas colocam esse aviso: "use camisinha"? Ou é só no carnaval? Bem, aqui fica uma crítica e uma sugestão, heterossexuais podem ser muito promíscuos, assim como qualquer ser humano. A sexualidade não pode ser negada, e a libido tampouco. Somos seres dotados de sexualidade, queremos fazer sexo - e fazemos, não importa de que forma. Assim, a sexualidade heteronormativa é uma falácia, uma mentira, as pessoas fazem sexo porque se sentem atraídas por outras, sejam do mesmo sexo ou não. Algumas até fazem sexo com animais. Então, colocar o peso da sexualidade sobre as diferenças binárias hetero/homo é uma grande mentira também. Avisos de "use camisinha" não são para estar unicamente em programações da diversidade. Teriam que estar obrigatoriamente em todas as programações onde haja mais de duas pessoas - ou uma pessoa e algum outro ente vivo.