terça-feira, 8 de setembro de 2009

Parada da Diversidade

Domingo Ci e eu fomos à Parada da Diversidade em Florianópolis, onde moro. Antes de nos concentrarmos no Koxixo's, o bar simpatizante de onde saem os caminhões (trios elétricos), fomos dar uma volta nas praias com meu filho mais velho e minha nora que vieram passar o feriado conosco. O passeio foi ótimo, mas o restaurante caro, então desistimos de almoçar ali. Comi um espetinho na Parada e tomei umas cervejas com Ci. Quando chegamos tinha bastante gente, mas ainda havia estacionamento. O tempo estava nublado e quente, e começamos a caminhar entre as pessoas, os ambulantes vendendo bebidas diversas, as pessoas sorrindo, tirando fotos, curtindo a Parada. Tinha de tudo um pouco, mulheres - lésbicas ou não, homens gays ou não, travestis tanto femininos quanto masculinos, famílias heterossexuais e homossexuais, senhores, senhoras,montes de gente apreciando um momento de descontração e de apelo político. Foi uma maravilha caminhar ao lado de tanta gente segurando aquela bandeira enorme pela Avenida Beira-Mar Norte. Minha companheira disse que se alguém dissesse para eu largar aquela bandeira eu daria uma mordida. Nem pensar. Eu só sairia dali por vontade própria. Como já não sou mais uma menina e trabalho muito, num momento tive que largar a bandeira e voltar para casa, mesmo antes da caminhada toda. Mas foi incrível estar com todas aquelas pessoas, e poder compartilhar com elas esse momento de visibilidade. Conversei com mulheres de todas as idades e foi muito estimulante. E um detalhe no mínimo chocante. Fui buscar uma cerveja e um sujeito se sentou ao lado de Ci para conversar. Eu cheguei e começamos a falar sobre a Parada e o sujeito não se identificou como gay, pois, segundo ele, era ativo. Disse que não era gay, que gostava de mulheres, mas que se tivesse um gay disponível, ele transaria. Aí eu disse: então você é gay! Ele me olhou com uns olhos meio bêbados e disse: será? O que vocês acham? Caramba...

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