segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Chuvas

Chovia muito quando sai da universidade hoje. A BR101 estava cheia de carros, como sempre, mas isso é bom nesse trecho, pois com a chuva vamos todos em fila indiana, a uma velocidade baixa. Dessa forma nos protegemos um pouco da possibilidade de acidente. Havia um carro caído no fosso da entrada da Via Expressa, o pisca alerta aceso, provavelmente foi só o susto e os danos materiais da queda. Ao passar pela ponte, o espetáculo era digno de filme ou foto. Ninguém consegue parar ali para tirar uma foto. Sabe que penso muito sobre isso, quando vejo filmes sobre as pontes famosas, em qualquer lugar do mundo, há a passagem de pedestre e as proteções laterais. Aqui nossa ponte não tem nada disso, e se torna quase impossível registrar esses momentos ou ter pedestres a atravessar a ponte e apreciar a paisagem.
A água da chuva batia sobre os carros e caminhões e voava em direção ao norte, forte, as motos passavam devagar por entre os carros para não serem levadas pelo vento. Uma foto ali teria ficado linda. O lugar estava perigoso para todos, então nossa atenção estava redobrada, mas que paisagem!

ILHA DA...?

Parece que o dia ontem foi bem agitado com o pessoal do Kart aqui em Floripa, mas euzinha fiquei em casa, mesmo. Pode ser que tenha perdido uma bela oportunidade de ver uma corrida bonita e ver Shummy e Massinha de perto, mas mesmo assim preferi o sol no jardim, o almoço com meu filho e um amigo, e depois meus textos de teorias da tradução. Tenho ainda muito o que fazer antes do final do semestre. Provas a corrigir, exercícios a pensar, recuperação a planejar, aulas a dar, seminário a preparar, e isso vai me exigir bastante. O grande problema é o trânsito, e pelo que li no Diário Catarinense, a insegurança nos arredores de Canasvieiras. Muitos carros roubados nas barbas da polícia (aliás, acho que a polícia devia estar assistindo o evento ao invés de policiar, por isso tantos carros arrombados). Já sou pobrinha e vivo de salarinho, imagina ainda ter o carro arrombado, ter que acionar o seguro, perder o bônus (sou excelente cliente), pagar a franquia etc. Além disso, houve quem elogiasse as meninas simpatia, sempre presentes nesses eventos, de "roupinhas coladas" e tals. Para bom leitor, meia pa...É impressionante que o esporte "masculino" por excelência tenha que ter na porta 'beldades' de roupinhas coladas para atender aos olhares masculinos. Será que algum um dia deixaremos de ser carne de açougue? Não é porque tenho 53 anos hoje e meu corpo já não é aquela coisa...tenho celulite, peito caído, barriguinha de menopausa, mas já tive corpinho gostoso, nos padrões da beleza que a mídia nos enfia goela abaixo, e também já fui cobiçada como carne de açougue, e isso nunca me agradou, sempre me fez sentir desvalorizada e banalizada. Só que na época eu nao tinha blog.
Ah, voltando à corrida de kart, o Galvão Bueno, confundindo as ilhas...huahuahua....chamou a Ilha de Santa Catarina de ILHA DA FANTASIA!!!!!!!!!!HUAHAUHUA!!! Alguns chateados moradores também acham que a antiga Ilha da Magia hoje em dia deveria ser mesmo a Ilha da Fantasia. Enfiam na cabeça das pessoas que este lugar é o paraíso (e não digo o contrário, é mesmo!!!), só que a destruição que promove a sanha imobiliária e a falta de esgoto e de infra-estrutura social para um êxodo urbano é preocupante. Logo a Ilha da Magia/Fantasia se transformará num enorme aglomerado de prédios e condomínios, a situação da violência vai piorar, as praias ficarão nojentas, sujas, o tráfico de drogas vai ganhar espaço, enfim, vamos nos tornar a Ilha do Crack. Se é que já não somos.

domingo, 29 de novembro de 2009

O acarajé da Madá

Ontem à noite, após a cerimônia das cinzas de nosso amigo, decidimos nos reunir no Café Laguna. Tomamos uma cerveja e depois fomos a um lugar incrível, perto de casa, muito simpático, cheio de gente alegre e de astral positivo. É a casa da Madá, onde ela serve o acarajé mais delicioso que já comi. A casa é linda, de tijolo à vista, com cerca de jasmins e gramado impecável, cadeiras e mesas para todos. Dentro, um banheiro limpíssimo (ai, eu, que sou histérica com banheiros, achei demais de bom!) e a cozinha cheirosa de dendê! Tomamos mais uma cerveja saboreando o maravilhoso acarajé e nos despedimos na rua de terra, perto da cerca viva da Madá, à luz da lua que brilhava no céu estrelado do Rio Tavares. Quem nunca viu o céu daqui precisa vir para viver essa experiência. Acho que só tinha visto um céu assim nos anos 70, quando Itanhaém ainda era uma cidadezinha linda e limpa.

Escondidinho de camarão


Puxa, gentes, fazia tempo que eu não escrevia nada sobre comida, apesar de continuar saboreando finas iguarias quase semanalmente. Sábado dou aulas até meio-dia e saio louca para fazer arte. Passei no super, comprei camarão médio, mandioca e salsinha. O resto eu tinha em casa. Cozinhei a mandioca com pouco sal e depois bati no liquidificador com leite de côco. Numa panela à parte refoguei os camarões,cebola em rodelas finas e salsinha, levemente temperados, com azeite de oliva. Quando cozidos (é super rápido), coloquei num refratário um pouco da massa de mandioca, os camarões por cima, uma camada de queijo parmesão ralado e por cima mais uma camada da massa de mandioca. O resultado foi um escondidinho de camarão delicioso, leve, com gosto de quero mais! O André e eu devoramos com salada de alface.

Homenagem ao Ivo Renato

Logo que me mudei para Floripa vim morar na casa de uma prima de uma amiga. Ela morava no local também, e uma das primeiras pessoas que me apresentou foi o Ivo Renato, que fazia mestrado em literatura na UFSC, assim como eu, mas já estava quase defendendo. Depois destes poucos encontros e papos, nos vimos várias vezes, no café da Lagoa, na casa da Rô e em aniversários aqui em casa e na casa de amigos. Tivemos pouco contato, mas sempre agradáveis. O Renato era uma pessoa agradável, de boa conversa, bom leitor. Há pouco tempo adoeceu e se foi, não faz ainda um mês. Ontem amigos e parentes fizeram um linda homenagem num local lindíssimo, a Ponta das Almas, na Lagoa da Conceição. Era seu desejo ficar aqui, e depois da cremação a família trouxe suas cinzas. Num lindo fim de tarde do dia 28 de novembro nos reunimos na Ponta das Almas e desejando a ele uma linda passagem os familiares depositaram suas cinzas na Lagoa, onde jogamos pétalas de rosas e flores. Renato, que você repouse, descanse a cabeça feliz agora que as angústias e incertezas da vida já te deixaram em paz. Um grande beijo, amigo.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Aniversário

O mês de novembro é um mês bem especial. É quando aniversaria a Fá, uma pessoa que vive dentro de meu coração passe o tempo que for. Sabe uma pessoa que conviveu com você no dia a dia durante muitos anos, apoiou, esteve a seu lado e acreditou em sua capacidade? Que acompanhou suas vitórias e fracasssos e que você também acompanhou e esteve ao lado? Pois é. Claro que nem tudo são flores, quando a gente tem muita intimidade com outra pessoa às vezes há mesmo problemas sérios, ou ao menos no momento a gente considera como sérios. Mas o tempo e as mudanças na vida fazem a gente perceber que tudo é bem relativo, e o que hoje é muito importante amanhã não será, e o que hoje é insignificante amanhã tomará proporções imensas. Mas voltando ao início do texto, este mês é de aniversário dessa pessoa a quem desejo tudo de bom. Generosa, amiga, responsável, presente. Beijos, minha querida Fá, muita paz, amor e saúde, cercada de pessoas tão lindas quanto você.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Os gatos e os pássaros

Não é novidade para ninguém nem aqui no bloguinho nem no meu dia a dia que sou amante dos animaizinhos, e me encanto com as novidades e gracinhas deles ainda mais do que com as crianças. Talvez por serem mais indefesos e mais fiéis. Mas de qualquer forma, sou uma apaixonada por animaizinhos. Tenho um gato, o Chico, e atrás do Chico aparecem sempre alguns gatos ou gatas da vizinhança para comer e aproveitar quando não tem muita gente em casa. Ontem vi o gato (ou gata) branco sentado na janela de meu quarto...podem imaginar a ousadia do cara? Sentando na janela!!! Daqui a pouco estará deitado sobre meus lençóis e eu...onde ficarei? Hoje pela manhã escutei o André dizer que por sorte o Chico tinha saído da cama dele. Aí perguntei porque, claro, e ele me disse que não tem coragem de mudar de posição quando o Chico está dormindo sobre as pernas dele, tem pena...puxa, que gato de sorte! Eu já sou menos boazinha, tiro o Chico do lugar, viro, e não sei, ele se ajeita depois...
Bem, voltando ao gato branco, hoje vi uma cena inédita. Sempre vejo os gatos perseguindo os pássaros, e de vez em quando tenho que libertar uma pobre rolinha ou um pardal da boca do gatinho mau Chicão. Quando não estou em casa, infelizmente, o Chico acaba com o pobrezinho. Pior, come o bichinho, só sobram as peninhas. Mas hoje o gato branco estava no telhado, e vi algo incrível. Um Bem-te-vi, bem esperto e provavelmente protegendo seu ninho, dava rasantes fenomenais sobre o gato e o bicava nas costas. Fez isso várias vezes, até que o gato fugiu. Eu estava sem a câmera, e não consegui fotografar, mas fotografei com as palavras.

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Uma noite chuvosa de novembro

Hoje faz calor, e cai uma chuva mansa. Pareceria uma garoa paulista se não estivesse tão quente. E falando em paulista, este fim de semana aconteceram coisas bem legais. Estive num bate-papo sobre literatura lésbica na Livraria Cultura, em São Paulo, e a Editora Malagueta estava lá, com suas novidades. A escritora Karina Dias falou sobre seu trabalho, e sobre seu próximo título, Aquele dia junto ao mar, e ganhei uma camiseta da autora. Foi uma grande alegria rever as amigas que há tempos não via, e ao mesmo tempo poder compartilhar um pouco do entusiasmo e da valentia dessas mulheres, que lutam contra a lesbofobia, o silenciamento e a falta de incentivo para os projetos destinados ao público lésbico. Eu tenho muita admiração pelo trabalho dessas mulheres, e sempre penso em como poderia contribuir. Uma das formas é fazendo uma parceria com a universidade para que apresentem sua proposta e vendam os livros, e que vendam muitos livros! Outra forma é propondo atividades com os livros lésbicos, estimulando o debate, em cursos de formação de professores.
Outra coisa bem legal que me aconteceu foi ter ido com Cintia nesse espaço, ela ainda não tinha participado de uma conversa assim, e fiquei feliz por estar ali com ela. No dia seguinte encontramos com minha irmã e minha sobrinha, almoçamos um risoto maravilhoso no apartamento, e depois encontramos com meu filho e minha nora,e fomos visitar os pais dela. Era aniversário do pai de Ray, e tomamos cerveja (aproveitando a desculpa do calor...huahuauh) e dançamos muito ao som de Jorge Aragão, Ana Carolina e outros...nem me lembro mais. Pena que eu tinha que voltar. Foram 11 h de ônibus leito, que estava com o ar-condicionado defeituoso até Curitiba...ninguém merece!