quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Chico, meu gato

Ao lado do teclado dorme o Chico, meu gatinho viralata, o animalzinho mais querido e doce do mundo. Chico é malhadinho, com várias partes brancas no peito e nas patas. Isso sem contar o colarzinho de pelos brancos ao redor de seu pescoço. Chico não arranha e não morde forte, só faz brincadeiras, e se a gente diz:ai,ai,ai, ele imediatamente solta o que tem na boca. Olha para mim quando chamo seu nome e adora, simplesmente adora, o André. Brincam muito, na maior confiança. É muito bom ter um gato, eles são extremamente sensitivos e companheiros. Há gente que se engane, dizendo que são traiçoeiros. Não são, nos protegem. Chico tem me protegido há meses. Desde o final da minha relação amorosa, no final do ano, quando ele me viu triste e chorosa, tem andado atrás de mim como um leãozinho, e não sai do meu lado quando estou no computador. Ele tem sentido tudo o que tenho vivido e estado bem perto, estou certa disso. A proximidade dele tem a ver com as férias, a saudade, as experiências, os aborrecimentos, e as pequenas angústias do novo, do desconhecido. Esse bichinho dorme quase o dia todo sobre a minha cama. Ele se espicha todo por ali quando está quente, e se enrola bem enroladinho sobre o edredon quando está frio. Por causa dele tenho noites de sono tranquilas. Acho que ele deixa todo o seu amor e sua fonte de paz sobre minhas cobertas. Chico, meu gatinho protetor, que feliz a idéia de adotar você!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Memórias

Estava comentando no escrevalolaescreva sobre os papéis de gênero, e como isso pesa em qualquer relação, tanto homo quanto hetero. E falei um pouco sobre a questão do sexo casual, e de como isso é para mim. Quando me envolvo com um olhar, sinto a linha direta com minha libido. Tenho vontade de ver a mulher novamente, sentir seu cheiro, ficar cheirosa para ela, coisas de corte. Sou romântica e acho que uma flor é sempre bem-vinda, uma palavra graciosa. Presentes não são obrigatórios, na realidade acho que nem são bem-vindos antes do primeiro sexo, mas andar de mãos dadas, namorar, olhar com carinho são atitudes essenciais para mim. E depois, se o beijo é gostoso e o sexo é bom, então o caminho parece aberto para que haja mais encontros. Só que na vida real a coisa não acontece bem assim. Enquanto eu tendo a querer a relação estável e acredito que deva haver mais encontros para que a gente possa se conhecer melhor, possa construir algo, geralmente as mulheres estão fugindo das relações estáveis e querem apenas um sexo casual. Aí é que a coisa pega. Eu já tentei algumas vezes não me envolver depois do sexo, mas foi contra tudo o que eu queria e acreditava. Acredito no amor romântico, embora saiba que a gente tem que cultivar outras coisas, viagens, histórias, passeios, cumplicidade, que é o que nos vai garantir a continuidade da relação na hora da meia-brasa e do carvão frio. Até a continuidade da amizade que pode restar dessa relação. Voltei alguns anos no tempo para poder pensar meu presente. Eu não tenho estômago para sexo casual, nem para relações sem futuro, do tipo "enquanto não encontro a pessoa certa, vou ficando com a errada mesmo". Eu já me machuquei muito nessa história e machuquei outras pessoas por isso. Sinto muito, mas eu quero me casar. Para casar, quero namorar. Sexo casual não é namoro. Me causa ansiedade, mal estar, tristeza. Quero namoro, quero romantismo, sim, quero velas acesas no jantar e um bom vinho. Quero uma cama cheirosa e sem medo. Quero dividir minhas coisas, rir muito, dormir abraçada. Viver na corda-bamba não é comigo. Não consigo ser peguete.
Mas por favor não pensem que estou recriminando quem faz sexo casual, tem gente que não quer se envolver mesmo, que só quer curtir, e acho que está ótimo, cada pessoa tem sua forma de viver sua sexualidade. Depois, nem todo o mundo te acha o máximo, então ficar com alguém não significa que essa pessoa vai querer se ligar a você. Tantas coisas interferem nessa história, que é difícil falar da outra parte. Impossível, na verdade. O que posso é falar de mim, e de como eu, Bau, me sinto em relação a situações instáveis. Como boa taurina, quero muita estabilidade e conforto, mas com ascendente em aquário, viajo na maionese algumas vezes. Isso não tira o valor das relações, que podem ser maravilhosas de uma forma ou de outra. Já eu prefiro as estáveis.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Segunda de carnaval

Carnaval na ilha este ano teve gosto diferente dos outros anos. Este ano tenho comigo os 3 meninos e minhas noras, e estou aproveitando bastante, dançando muito, passeando, indo à praia (apesar do tempo não estar muito bom, ao menos não no Campeche, tem ventado muito, e o mar está muito mexido). A dor de ouvido só está sarando agora, imaginem, quase um mês depois! Foram 3 tratamentos diferentes até conseguir arrumar isso aqui! Fui ao Baiacu na sexta, em Santo Antônio de Lisboa, sábado saí com minhas amigas Dio e Dilma na Nego Quirido, o sambódromo de Florianópolis, domingo à tarde fomos dançar atrás do caminhãzinho do Onodi. Foi muito bacana, dançamos tiramos fotos, depois eu posto para vocês verem o clã na folia! Só o André fica em casa, pois ele só quer saber de jogar RPG ou computador...caramba! Um custo tirar esse guri de casa! Hoje fomos à praia, comer um peixão no Seu Chico, e agora à noite, se a chuva der uma trégua, vamos ao Baiacu novamente! EBA!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Calor pré-carnavalesco

Achei que o calor não fosse chegar a afetar minha vida, mas subestimei as temperaturas do ano de 2010. De acordo com todas as previsões, as temperaturas estão sendo as mais altas dos últimos 53 anos, mais altas ainda do que no ano de 2005, registro de temperaturas recorde no Estado de Santa Catarina.
Assim como o gato se estica no chão de ladrilhos para refrescar-se um pouco, busco uma sombra amiga que me proteja do sol escaldante e que me hidrate nesta semana de pré-carnaval, quando tudo é muito agitado e confuso. Pierrots e Colombinas se desencontram e os eternos apaixonados se desfazem sob as máscaras no Berbigão do Boca, no Baiacu de Alguém ou mesmo no Zé Pereira do Ribeirão, oásis nas vidas áridas dos foliões. A cerveja, a vodka e a cachaça se misturam ao cheiro da fritura da comilança, e eu, um pouco sem rumo nessa dança, sinto a tontura leve e bem-vinda do álcool que me embriaga aos poucos. Isso tem dois lados, o lado bom é amortecer, e o lado mau é a dor de cabeça. Rir e sonhar é o melhor remédio. Deixar fluir as boas sensações, deixar a festa entrar no sangue, esperar o bloco entrar na avenida, triunfalmente, para vencer.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Mulheres e violência

Nascer mulher já implica numa série de impossibilidades e fragilidades socialmente construídas que vão desde a preocupação com a existência e a tentativa de preservação daquele pedaço de pele chamado hímem até aquela coisa pior, que é a vigilância masculina e a pretensa proteção (e posse) desse buraco chamado vagina. Mulheres não são seres humanos, são um monte de carne a serviço do macho, e ai daquelas que não correspondem ao ideal masculino! Relegadas ao nicho do caritó, dos tribufus, das machonas, marimachas, caminhoneiras, dragões, gordas, velhas etc. Horrorizada leio no DC, todos os dias, sobre assassinatos de mulheres por seus amantes, namorados, maridos, ou ex-isso-tudo. É incrível como se matam mulheres no Estado de Santa Catarina. "Machões" de plantão, inconformados com a separação, "machões" incapazes de reconstruir a vida sem a destruição da vida do outro, "machões" incapazes de respeitar o outro. Hoje li na internet sobre uma adolescente turca de 16 anos que foi enterrada viva pela família que não concordava com o fato de que ela "andava" com guris de outra casta, ou algo assim. Um "crime de honra". Aqui os "crimes de honra" não são menores. Homens esganam suas ex-mulheres, atiram para matar, exibindo o poder de vida e morte sobre aquelas que um dia foram suas companheiras. Vimos, atônitas, o assassinato da cabelereira pelo ex-marido, que já havia sido condenado. Esse homem voltou e a matou. Uns anos de cadeia, se é que pegará cadeia, e estará livre para continuar. A mulher, valente, que enfrentou esse monstro, está morta.
Mas a minha pergunta é: por que os homens se comportam dessa maneira ignóbil, por que a sociedade continua criando essa gente sem amor? No início dos anos 1980, se não me engano, houve uma mini-série na Rede Globo chamada "Quem ama não mata", com Marília Pera e Cláudio Marzo, se não me engano. Típico casal em final de relacionamento, ele descarrega o revólver nela. Antes disso, tivemos o caso Ângela Diniz e Doca Street, e esse não foi mini-série. Fotos da casa deles em Búzios, onde o crime foi cometido por um Doca Street drogado, bêbado e enraivecido, que matou a mulher, provavelmente drogada, bêbada e enraivecida também. Mas ele atirou nela. Várias vezes. Há pouco tempo vivi um drama bem próximo de mim, com minha ex-namorada, que acabou tristemente. Desta vez o agressor acabou levando a pior, mas só porque morreu antes de conseguir matar alguém. Drogadito, volta e meia agredia a ex-mulher e ameaçava matar os filhos. Foi trágico da mesma forma.
O que podemos fazer para conter essa onda de violência, a necessidade de "possuir" a outra pessoa, não lhe dando espaço para viver outras relações, ser feliz com outras pessoas? Acho que a escola e a ética familiar, acima de tudo, pode ajudar a mostrar o caminho para essas pessoas. Temos que mudar a mentalidade de gente acostumada a ter tudo, a não abrir mão de nada, a não respeitar o outro, a tomar o que quer seja por bem ou por mal. Se formos por esse caminho, quem sabe teremos menos violência de gênero em nosso país.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Doenças de criança

Nunca pensei em ter dor de ouvido depois de grande - principalmente depois dos 50! HEHEHEHE!!! Incomoda, hein? O médico olhou, diagnosticou a otite e vamos tomar uns remedinhos para sarar. Enquanto isso, tenho que ficar longe das ondas, não dá para usar protetor auricular por causa da infecção, dói. Estranho que não dói pelo lado de fora, dói lá dentro e a dor desce pelo músculo do pescoço,perto da garganta, dá uma sensação estranha. Será que as crianças sentem a mesma coisa? E os cães e gatos, pobrezinhos, se sentem esse incômodo e não conseguem falar para ninguém, ficam a abanando a cabeça, e choramingando? Ainda bem que tenho boca e voz, senão estaria agora com as patinhas em volta do focinho, gemendo.

Verão, verão

Calor, muito calor, eu trabalhando sem ar-condicionado, só com um ventilador...melhor que nada, dirão alguns! Verdade, melhor que nada.
Uma dor de ouvido chatinha tem me deixado longe do mar por estes dias, mas hoje vou ao médico. Preciso voltar à academia e ao bodyboard...amei.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Ostras e chocolates

Naquela noite pedi um shot de ostras. Para quem não sabe, shot de ostra é um pequeno copo cheio de suco de tomate temperado com uma ostra crua no fundo. A gente toma aquele suco apimentado, maravilhoso, e degusta a ostra macia ao final. O paladar agradece a iguaria. Digna de vários orgasmos, gratificantes orgasmos, prazer do bom prato numa boa mesa. Para beber, o vinho, há gente que goste do branco, leve, eu sou mais do tinto, um pouco masculina para aquela pequena pérola que se desfaz em minha língua. Pedi vários shots, a bem da verdade, pois um só não satisfaz ao paladar exigente. Saciada a gula, saciada a sede, me sinto atraída pela linda barra de chocolate, que vem adoçar o café ao final da refeição. O chocolate derretendo nos dedos, lambi as mãos, feliz como uma criança em dia de festa. A combinação foi perfeita. Ostras e chocolates.