domingo, 27 de junho de 2010

Sob a lua cheia de Florianópolis

Um dos espetáculos mais lindos que já vi foi a lua cheia brilhando na Lagoa da Conceição. Ao fundo se vêem as montanhas que dividem a ilha, que apontam para o norte. As luzes das casas e carros ainda não chegam a atrapalhar o espelho que se forma na água. Pena que a poluição e a ocupação indiscriminada do solo tendam a destruir essa beleza crua que Florianópolis ainda é, transformando este pequeno paraíso em terra num lugar sem alma, sem vegetação, sem peixes, sem graça. Adoro que as pessoas todas possam aproveitar, desfrutar dos prazeres de lugar tão belo, porém é necessário que se tenha cuidado com tudo, que se cuide do saneamento básico, que não se deixe depredar, que se protejam as áreas verdes, que se protejam os mananciais. Vi a destruição que se promoveu pela ganância imobiliária no Litoral Norte de São Paulo. Hoje em dia praias lindíssimas estão praticamente sem acesso, casas e pousadas tomaram toda a frente do mar, passa-se por um corredor asfaltado, onde uma ou outra praça dá acesso ao mar. Não existem estacionamentos, a situação do esgoto é trágica, e parece que ninguém se importa. Bares e restaurantes proliferam sem condições de higiene, e as casas e hotéis continuam saturando a rede sem o mínimo de preocupação por parte da prefeitura.
Florianópolis parece estar seguindo pelo caminho da especulação e do descaso. Entende-se que aqui o pedaço de terra vale uma pequena fortuna, com ou sem esgoto, com ou sem água. Como neste momento essas coisas não estão aparecendo muito, especula-se. Não falta muito para as misérias começarem a estourar. Algumas já estão aparecendo: a destruição na Praia da Armação e do Campeche, a ameaça à Lagoa do Peri, importantíssima para o abastecimento de água do sul da ilha. Aliás, são duas as ameaças ao Peri, uma é que o avanço do mar venha a contaminar a água doce, e a outra ameaça é a poluição em volta da Lagoa.
Amo passear pela Lagoa em noites de lua cheia, caminhar pela orla, ver o reflexo nas águas tranquilas. Muitas estrelas me acompanham nesses passeios. Gostaria de poder viver isso muito tempo ainda, e que meus filhos e meus netos também pudessem desfrutar desse prazer. É difícil visualizar futuro da forma como as coisas estão se encaminhando, mas vamos tentando fazer nossa parte, cuidando, limpando, conscientizando, evitando desperdícios, para que ao menos possamos recuperar um pouco daquilo que estragamos quando passamos pela vida.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

E não é que a coisa voltou?

Eu não sei, mas o bicho tá solto! Vim para a universidade e de novo fiquei com enjoo, piriri, dor de cabeça e moleza. Que coisa mais chatinha! Saindo daqui vou passar no pronto-socorro para ver se se pode fazer algo, ou é hidratação, hidratação, hidratação. Aiaiai!

sábado, 19 de junho de 2010

A dor do outro

Hoje mando bons pensamentos e muito carinho para amig@s que estão passando por uma fase difícil, torcendo para que tudo se encaminhe bem, positivamente.

Filhos que ajudam!

Meus filhos são lindos e muito queridos, e não é coisa de mãe coruja, não, eles são mesmo! Sempre que podem estão a meu lado me dando força, sendo um apoio para mim, assim como eu, com meu amor, sendo um apoio para eles. Aí que eu fiquei doentinha estes dias, não tem? (como dizem aqui em Floripa) Daí que pedi ao André para trazer uma sopa congelada da padaria para mim, as sopas são maravilhosas, tem de cenoura, abóbora, mandioquinha, e ele, me vendo na cama, meio sofrida, foi todo feliz comprar sopa para a mãe. Trouxe um cup noodles, que eu também tinha pedido, pois estava verde de vontade de comer algo bem salgado, e a sopa. Esquentando a água para o cup noodles, pergunto a ele:
-Sopa de que, filhão?
E ele, bem contente responde:
- Ah, trouxe uma de batata doce!
Caladinha fiz meu cup noodles e subi para dormir. O André então me perguntou se eu não ia tomar a sopa, ao que respondi:
-Mais tarde um pouco, filhote, obrigada!
Imagina se eu tomo sopa de batata doce? Noooooooossssssaaaaaaa!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Só peru...

...morre de véspera. Apesar do aperto - literalmente - estou melhorando. Achei que não ia aguentar mais essa, mas pelo visto sou mais forte do que as forças do mal...hehehehehe....Bem, passadas as tempestades, voltarei em breve com relatos mais amenos, mais doces. Afinal, nada neste mundo é para sempre.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Aiaiai de novo

O pior é que é a terceira vez que tenho intoxicação alimentar aqui em Florianópolis, acho que abuso dos frutos do mar e dos pescados e da comida fora de casa! Tenho que ter mais cuidado! Fui de novo!

Aiaiai!

Nossa, já tiveram intoxicação por alimento? Pois é...nem imaginam como é! Fui!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Poemas e histórias

Vou voltar a escrever poemas e histórias. Isso é coisa minha.

O alienista

Se vocês não leram O alienista, de Machado de Assis, deveriam. Esse conto me fez compreender um pouco mais sobre o gênero humano e sua suposta sanidade. Estes últimos tempos, então, me deram a certeza de que em primeiro lugar eu não consigo controlar minha ansiedade sem a fluoxetina. Segundo, a maioria das pessoas são hipócritas, fingem para si mesmas até em frente ao espelho. Não se enxergam, ou são exageradamente auto-centradas. Cada qual com seu umbigo, mas expondo o umbigo do outro. Você já reparou que tem um monte de gente de telhado de vidro jogando pedra no telhado alheio? Interessante, isso, bem interessante. E parece que quanto mais velho se fica, mais bobo, mais hipócrita, mais fingido se fica. Caramba, tenho que me cuidar, não quero entrar para esse rol.
Mas voltando ao alienista, quem será o louco, o que se encontra em posição de decisão sobre quem fica fora ou dentro? Bem, vale a pena ler. Depois você me conta como pode relacionar a história com sua vida. Com nossa vida.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Tudo clareando 2

Agora o sol anda saindo dentro de mim também, depois de meses sob a chuva. Não só externa como interna, mas as conversas entre linhas, as amizades constantes, o apoio das pessoas queridas fizeram uma grande diferença neste percurso, como sempre. Obrigada e todos os amigos e amigas que me ouviram e que me ouvem quando preciso de ouvido, e que me deram e dão um chacoalhão quando preciso de um chacoalhão, e que me deram e dão afagos quando preciso de afagos. Amig@s e família são tudo na vida. Beijos!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

tudo clareando

Como o dia que traz o sol e o calor, os dias começaram a me trazer a paz. Essa sensação é impagável.

sábado, 5 de junho de 2010

Como eu queria ser

Eu queria ser durona. Não sentir nenhuma dor quando acho que alguém me magoou, queria me sentir legítima e me alimentar da minha legitimidade, e não ficar me sentindo como se eu estivesse eternamente errando. É possível que eu esteja sempre errando comigo? Que esteja sempre fazendo as escolhas erradas? Que esteja sempre me magoando com minha maneira de enfrentar a vida, as rejeições, as diferenças? Acho que existem coisas que ultrapassam isso, que é território do outro, que não depende de mim. Depende de mim me incomodar mais ou menos, mas por que me incomoda tanto? É assim que eu queria ser, durona, e não me importar. Nao dar a mínima. Ser gigante para mim mesma. Mas não consigo ser gigante para mim mesma, estou me sentindo pequena e frágil porque não consigo resolver meus conflitos e não consigo me livrar da dor. Esse abismo que se abriu "pode ser um novo começo". Começo de quê? Começo de quê, se não há o que começar, se não há como começar agora? Se isso que estou trazendo neste momento não me deixa espaço para começar nada? Retomar as trilhas, reviver os sonhos, encontrar novos caminhos. Eu quero tanto que isso aconteça. Logo. Que esses caminhos apareçam logo para eu sair desse pedaço de lama em que me sinto atolada. Tenho a sensação de que construi um atoleiro e agora tenho dificuldades de sair dele. Quando não percebi, não quis enxergar os sinais, quando fiquei cega, construi meu atoleiro emocional. E a vida segue seu curso, e eu fico me debatendo em questões pessoais que tento engolir sozinha, como todos nós. Sós, como nascemos.