sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz Ano Novo!

Desejo a todas e todos uma linda passagem de ano novo e dias de muita saúde, paz, amor e sucesso no ano de 2011! Beijos!!

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Para um amor

Faz pouco tempo que você chegou, mas já chegou trazendo coisas boas. Dias sem final triste, noites sem tragédias, no entanto as emoções foram intensas. Quando eu permiti que essas emoções tomassem corpo em mim, senti uma completude incrível, sensação de estar no meu elemento, seu olhar me disse coisas que eu gosto de ver e de ouvir, não me preocupou o dia seguinte, não me preocupa o dia seguinte, isso é viver. Quando seu sorriso invadiu meu coração, ele já era seu. Algumas pessoas ocupam esse espaço, e é com prazer que sinto você ali, compartilhando com os amores de vida inteira. Beijo nos seus lindos olhos.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

poema

“de tudo durante a vida
sempre valerá a pena
todo perder, todo ganhar
todo partir, todo ficar
todo encontro, todo desencontro
todo choro, todo riso
a vida é mesmo isso
mesmo que a gente não veja
há tempos de cegueira passageira
em que os olhos serão esquecidos
mas por todo sonho que será sonhado
valerá a pena ter adormecido.”
(Cáh Morandi)

domingo, 5 de dezembro de 2010

3 de dezembro

Dia 3 de dezembro fez 7 anos que meu pai faleceu. Foi um cara extraordinário, e faz falta nas rodas de conversa e na cozinha, onde era especialista. Como arquiteto, projetou grandes obras,como professor foi exemplo para seus alunos, e como cozinheiro me fez ganhar alguns quilos! Um pai amável, mas bastante auto-centrado e acomodado, como são os homens nascidos antes dos anos 80, que focam na profissão e no social. Sempre tivemos uma grande empatia, por gostarmos de viajar, conhecer coisas diferentes, cultivar amigos, bater longos papos em cafés e botécos. Saudade dele, tenho a certeza de que curtiria demais este espaço em Floripa. Pena que morreu antes de eu me mudar. Mas a vida é assim, a gente aproveita, aproveita, e um dia morre, ficam as lições, a memória.

Não à violência contra as mulheres


A questão da violência contra as mulheres é uma das lutas que jamais devemos abandonar. Homens e mulheres devemos sempre estar engajados nesse tema e fazer nossa parte para que a violência não se reproduza nem no privado, nem no público. Quem pensa que o que acontece entre quatro paredes é assunto para ficar entre quatro paredes está contribuindo para a invisibilidade do fato, e alimentando os agressores. Copiei estas duas figuras que Lola postou em seu blog, não deixem de ver o original (escrevalolaescreva.blogspot.com). Com clareza, pontuando com grande discernimento, Lola fala sobre esse e sobre outros assuntos de grande interesse social.Vamos dizer não à violência, vamos denunciar.
O quadro diz o seguinte: 45% das mulheres já levaram bofetadas, foram chutadas ou apanharam; 75% das mulheres que apanharam tentaram cometer suicídio; 77% dos homens se sentiram ameaçados se suas mulheres não os ouviam; e 55% das mulheres
sentem a violência como parte normal de seu casamento.
E nós, o que faremos em relação a isso?



segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Carinhos

Uma das melhores coisas na vida da gente são os carinhos que vamos encontrando pelo caminho. Tanta gente boa e tanto amor, que às vezes não cabe dentro do peito. Há uma necessidade urgente de falar, de expandir, de deixar espalhar. A alegria de viver isso é o que nos leva adiante, apesar das dificuldades do dia a dia, das intempéries sociais, da discriminação, das dores, das perdas. Espero conseguir sempre manter essa linha, a de que o coração pode muito mais.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Os bons momentos da vida

Vou num fim de tarde para a serra, nenhuma pretensão, nada na mente a não ser aproveitar com pessoas queridas. Um final de tarde maravilhoso, a vista que se perde no horizonte, plantas, flores, amigos. Faço um jantarzinho tranquilo com shitake e espinafres,boa música e boa conversa. O vinho acompanha e eu me sinto nas nuvens. Vemos um filme e um show em DVD. Coisa boa, paz. Dia seguinte café da manhã perto do fogão a lenha, depois preparo o almoço de frango com natas. Lindo e harmonioso final de semana. Esses pequenos grandes momentos me fazem a pessoa mais feliz deste mundo.

sábado, 6 de novembro de 2010

Encontros e outros sonhos

Vinha lendo A trombeta de vime (César Aira) e encontrei um trecho que se dirigia a meu estado de espírito, que reautorei aqui: Estava deprimida, sentia a inutilidade de tudo, olhava à volta desconsolada por não encontrar fora o que não encontrava por dentro; é verdade que poderia ser resultado de cansaço, que injeta um terrível veneno na sensação de prazer e alimenta a sensação de melancolia. Mas, subitamente, quando achei que não haveria saída para essa questão, descobri em mim o desejo de contar histórias. Diz Aira: "Penetrou em mim, e tudo começava. Quem sabe de onde viera. Pouco importava! Ela não precisava nem sequer tomar forma, embora na Literatura a forma seja tudo. Bastava-lhe deixar que em volta do ponto encefálico onde se alojara, como um espinho cravado no pé, se espalhasse seu chá de êxtase. O velho mundo que um minuto atrás me dizia seu desalentado "para quê?”, agora me sussurrava um risonho "você pode"". Foi pensado nessas coisas que vi quando as duas figuras coloridas chamaram a atenção de Bárbara em meio às poucas pessoas que ainda caminhavam pelo jardim. Atrás das árvores, conversavam, trocavam olhares e risos, enquanto esperavam por ela. A aproximação de Bárbara fez seus sorrisos se esvanecerem, e, por trás dos olhos, os tons de curiosidade brilharam. Bárbara aproximou-se lentamente, e provocou seu olhar de curiosidade de volta. Abriu a boca, sussurrou algo incompreensível, mas que deveria ser um cumprimento, e baixou os olhos. Cumprimentaram-se, Bárbara levantou os olhos e olhou bem dentro daqueles quatro inquisidores pássaros sazonais que pareciam não querer compreender, mas estudar. Os sorrisos se abriram, os braços se abriram, os abraços quentes se espalharam. O medo foi se dissipando, a desconfiança se desmanchando entre as pétalas brancas que os lábios disfarçavam. Sentaram-se à vontade, como se o tempo e a distância não existissem. Histórias fluíram como se fossem verdades, e as verdades fluíram como se fosse histórias. As invenções do passado, aquela eterna verdade. Bárbara sentiu a nuvem se dissipando e sentiu a maciez das peles. Os cheiros, as marcas, as roupas que escondiam corpos sociais, nada lhe passou despercebido. Regou as plantas do jardim, plantas há tempos cultivadas e crescidas. Sentiu-se feliz por tê-las cultivado, o tempo só as fez mais belas e mais humanas. A proximidade das figuras coloridas desfez a insensatez e permaneceu sentada a sorrir, a escutar, a contar, a trocar. Houve quem pensasse um ser indivisível, tão próximas em um momento. Os pássaros se aninharam tranqüilos nas gaiolas, alimentados. Na hora da despedida, o docemacio dos botões se tocaram. Era hora da despedida. E foi então que me despedi, e senti que minha trombeta de vime disparou seus sons em direção à minha torre de marfim.

sábado, 30 de outubro de 2010

Faxina

Minha faxineira adora quando minha cabeça está bagunçada. Minhas estantes começam a ficar arrumadinhas. Uma maneira de arrumar o interior é começando pelo exterior. Casa arrumada, cabeça pensa melhor.

O melhor horário...

...para eu escrever aqui é depois do almoço caseiro. Primeiro, porque sempre tenho uma preguiça terrível depois de comer, e não consigo fazer nada a não ser olhar em várias direções procurando distração, ou a cama para dormir um pouco. Depois, começar a trabalhar logo depois de comer, ninguém merece, e terceiro, não há restaurante que dê essa sensação de bem estar em mim, e gosto de aproveitar esses momentos para apreciar o que comi.
Ontem tive que vir para casa, no final das aulas da manhã, e aproveitei para fazer yakissoba para nós três, André, João e eu. Para quem não se lembra, André é meu filho mais novo e o João é o filho do coração, que mora aqui conosco. O prato ficou muito bom e houve várias repetições. Usei frango na laranja para fazer o prato e o resultado foi fantástico, recomendo.
Hoje fiz salada de chicória e omelete com tomate, cebola e gengibre. Poderia ter dado mais força ao sabor com algum outro tempero, mas achei desnecessário. Depois, a fome era tanta...eu tinha pressa, os temperos acabaram ficando para a próxima.
Agora é hora do soninho, afinal, hoje é sábado, e até as professoras descansam um pouco. Beijos!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Sobre o "rodeio de gordas" e outros crimes

Querid@s, fico desconcertada ao ver tamanha falta de senso, educação básica de princípios morais e éticos de uma parcela dos seres humanos. Aos meus 54 anos, depois de ter visto e vivido tanta coisa, ainda me chocam, ainda me transtornam atitudes como a que li nos jornais sobre uma "brincadeira" feita por alunos da Unesp de Araraquara, SP, um tal"rodeio de gordas". A brincadeira consistia em ter alunos perseguindo e "montando" sobre as alunas obesas da universidade, com prêmio para o que ficasse mais tempo sobre a guria.
Bem, esse tipo de "brincadeira", comparável à de queimar um índio por "brincadeira" entre amigos, ou roubar a bolsa da prostituta no ponto de ônibus, arrastando-a e ferindo-a, ou mesmo "brincadeiras" de jogar alunos bêbados ou que não sabem nadar numa piscina, matando-os afogados, é inadmissível entre pessoas civilizadas.
O que fazer com uma sociedade que discrimina as pessoas dessa forma, achando que essas atitudes são "brincadeiras"? O que pensar, como agir, como educadora que sou, para que meus alunos e alunas compreendam a dimensão dessa covardia, dessa falta de civilidade e de respeito pel@ outr@?
Esse desrespeito é um crime, crime punível com processo, cadeia, expulsão da universidade. Se não há freio para esse tipo de atitude, se todos podemos fazer o que nos dá na telha, então como conseguiremos viver em paz? Como viver em paz conosco mesmos e com os outros, se estaremos sempre sendo vítimas de perseguições, de preconceitos, de agressões por nosso aspecto físico, nossa cor, nossa vivência sexual, nosso sexo?
Não consigo nem ter muitas palavras para descrever o que estou sentindo neste momento. Espero que essas atitudes sejam consideradas seriamente, como crimes contra a pessoa que são. Espero que todos e todas se solidarizem com os agredidos e agredidas e não deixem de protestar. Não se pode, impunemente, passar por cima de princípios básicos da vida em sociedade, passar por cima dos direitos constitucionais de liberdade e igualdade, passar por cima da ética, da moral e do respeito humano. Estamos cada vez mais selvagens, no mau sentido da expressão. Acho que animais selvagens nos dão uma lição de civilidade e respeito.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Ainda as eleições 2010

E para que seja de conhecimento de todas e todos, eu vou votar na D.Dilma Roussef.

Nós e as eleições

Hoje recebi aquele famoso e-mail comparando os currículos de Dilma Roussef e José Serra, com a tal foto do charuto e tudo o mais. Não aguentei e pedi à amiga que me passou esse e-mail o seguinte:
"Querida, não repasse este e-mail. É xenofóbico, sexista, classista, e cheio de erros. Além disso, é evidente a montagem na foto do charuto. Prestem atenção, montagem grosseira ainda por cima. Che Guevara é considerado valente, herói, com seu charutãoi e cara de mau. A Dilma Roussef é considerada ...o que mesmo?
Além disso, ser comunista foi um problema durante a guerra fria, no macartismo ferrado e criminoso dos anos 50 nos EUA, e aqui durante os anos de ditadura militar. Hoje em dia, é uma grande bobagem qualquer pessoa se referir a "comunistas" dessa forma. Não acredito que a TFP ainda tenha a desfaçatez de achar que comunista come criancinha. Ser guerrilheira até é símbolo de valentia, frente às atrocidades cometidas pelo governo militar (perguntem às famílias dos exilados, presos políticos, torturados e assassinados pelo DOI CODI, Operação Bandeirantes etc). Quanto a ser rica, muitos e muitas de vocês também o são, e nem por isso acho que são piores que os/as que são pobres.
O currículo do Serra é falso, só como informação, há mil provas a esse respeito que também circulam da mesma maneira leviana pela internet.
Beijos, leitura crítica é necessária, muito necessária nos dias de hoje.
Saudade,
Bau"

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

As noturnas são as melhores

Há tempos deixei meu bloguezinho sem atualização, por pura falta de tempo e excesso de festas. Aniversários muitos nos meses de setembro, outubro e novembro, fruto dos excessos das férias de antigamente. Será que hoje em dia também nascem tantos bebês nessa época como antes? Sempre tive essa curiosidade.
Bem, deixei esta postagem em suspenso e volto hoje. Estou um poço de emoções, e isso, se não é de todo bom, tampouco é de todo mau. Só fico mais impaciente com gente que se acha, e fico mais impaciente com minha forma tola de agir com gente que se acha. Pode dar problemas. Não sei se vocês também são assim, mas parece que de vez em quando eu busco confusão. Mas entre mortos e feridos salvaram-se todos. Ninguém vai viver melhor ou pior por causa do que eu disse, afinal, ainda estou para conhecer a santa que não tenha atolado o pé na jaca várias vezes na vida. Estou esperando a primeira pedrada. hsuahsuahusashuhaus

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Noturnas

Te sonhei pertinho. Esse sonho perto me fez engasgar. Não via sua sombra, e gente sem sombra é sinal de fantasma, e ih, fantasmas...não são bom sinal! Que encrenca. Então saí como Sininho e Wendy a procurar a sombra para poder costurar na sua figura. As gavetas da cômoda estavam tão arrumadinhas, mas tirei tudo, revirei tudo, depois o armário, depois as caixinhas de bijuterias, depois o cesto de roupas sujas, o cesto de roupas para passar, depois sob o travesseiro. Minha mão tocou em algo áspero e fugidio, apressei-me a agarrá-lo. Era ela. Ali estava, a fujona. Fujona e intrusa, fugiu de sua criatura e intrometeu-se em meu sonho. Agarrei-a com força e a costurei à figura. Hehe, ela se acomodou ali e pude voltar a dormir tranquila. Dei uns pontos bem dados, quero ver se escapa novamente. No way.

Tive uma ideia

...e logo em seguida me esqueci! Acreditam? Que coisa! Será que são ideias de mais ou de menos?

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Hoje

Agora venta e chove em Floripa, e não posso dizer que seja ruim. A amoreira, a pitangueira e a jaboticabeira estão carregadas de frutos, as laranjeiras carregadas e flores e frutos também, só que estes estarão prontos para a colheita só em abril de 2011. As amoras estão ficando vermelhas, logo estarão boas, uma das pitagueiras já esgotou sua produção (comemos tudo!!!) e a outra está cheia de bebês! Mais um mês e teremos mais pitangas, e nem sei se são vermelhas ou roxas. É a primeira carga dessa árvore. Tenho o maior orgulho do meu pomarzinho, ainda baixinho, mas que daqui a alguns anos estará todo frondoso, cheinho de frutas saborosas. Eu reclamo da chuva, mas ela faz um bem enorme para meu pomar. Então me calo, e aprecio o que a natureza me dá.

Novos contos

Minhas novas personagens estão criadas. Tenho Júlia, a advogada, seu filho, nome ainda não divulgado, sua secretária, D. Beatriz, e Sara, o mistério. Essas pessoas farão parte do novo conto que estou elaborando. Estou participando de uma oficina de escritura e estou adorando cada momento. Tenho a ambição de publicar minhas histórias, seja em livro ou publicação digital, mas quero um dia poder compartilhar meus escritos com vocês. A trama vai se formando aos poucos em minha cabeça. Isso é tão bacana, vocês não podem imaginar como me alimenta.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Discursando sobre atitude

Enquanto muitas pessoas ainda se debatem sobre sua sexualidade e sobre sua relação com o mundo em função da sexualidade, preocupadas com estereótipos e preocupadas com o que o mundo pensa sobre elas, outra grande parcela da população simplesmente vive suas orientações, escolhas, desejos, direções, seja lá como a linguagem queira chamar e "normatizar" o que a sociedade considera o "diferente". Nada como ter atitude sem auto-preconceito ou alter-preconceito para poder sair da armadilha que a própria sociedade nos prepara. Para sermos seres socialmente aceitos, temos que nos vestir assim, nos comportar assim, gastar assim, falar assado. Aiaiai, adoro ser simplesmente eu mesma. Não preciso ficar me auto-afirmando, mas defendo minha posição se alguém me questiona, o que é bem comum. Dificilmente puxo a conversa sobre a sexualidade, mas as pessoas que me questionam depois querem dizer que eu "só" falo sobre isso. Caraca, elas perguntam e não querem resposta? Eu não vou perguntar a ninguém sobre sua sexualidade. Não me interessa, a não ser que eu esteja sexualmente interessada na figura! De resto, o que isso importa? Importa caráter, ética, honestidade, importa bom humor, atitude. Coração aberto para a vida sem barreiras nesse sentido. Barreiras éticas e de caráter sim. Barreiras sexuais ou de gênero? NÃO!

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Ainda falando do meu umbigo...

Nada parece bom, engraçado, divertido ou prazeroso quando se tem problemas de depressão ou ansiedade. Não é a mesma coisa de se ter um problema passageiro, um assunto a ser resolvido, é um envolvimento cerebral, e consequentemente corporal, num túnel sem água, sem alimento, sem perspectiva de final. A dor do nada é tão grande, que engole a força de vontade, engole a racionalidade, e a gente entra em contato com nosso ser mais voraz, mais perdido, mais ID. Nada de ego, nada de superego, id total.
Mas por que algumas pessoas têm depressão ou não? Então, gente, algumas têm, outras não, assim como somos todos diferentes e ao mesmo tempo tão parecidos em tantas coisas. Muitas mulheres passam pela menopausa na boa, sem calores ou sofrimento, ou ressecamento, ou queda de bexiga. Outras sofrem de um ou outro sintoma. Outras sofrem de todos. Algumas usam hormônios, outras não, umas ficam com a pele e os cabelos secos e brancos, outras demoram bem mais. Muitas mulheres conseguem passar por esse período fazendo yoga, ginástica, ou participando de um grupo de dança e tomando chás, ou fazendo terapia e ficam ótimas. Outras fazem tudo isso e continuam enlouquecidas, com todas as descompensações e sofrimentos possíveis. E é exatamente para toda a diversidade de mulheres (falo das mulheres, porque não sou homem, estou falando do meu umbigo, já disse) que existem as terapias alternativas ou as medicações antroposóficas, alopáticas, homeopáticas, fitoterápicas, etc. Há massagens, terapias holísticas, gestalts, comportamentalistas, etc.
Eu, Bau, só consegui melhorar, me alimentar e sair do túnel sem fim com medicação. Tentei várias formas de segurar a onda, não houve jeito. Não tenho vergonha de dizer isso, surtei mesmo, e ainda surto sem medicação, e é para isso que a medicação existe, para trazer qualidade de vida, ajudar a produzir os hormônios do prazer que não se consegue mais. Isso eleva a auto-estima, traz reflexão, ajuda a gente a entender o processo. Mas a gente tem que ter humildade o suficiente para aceitar as limitações impostas por nossa máquina corporal. Quem quer estar doente? Ninguém. Mas se a doença está ali, instalada, não dá para ignorá-la. Todos sofrem junto com a gente.
Então, se vocês conseguem segurar suas ondas de ansiedade, calor, depressão, pânico, com terapias alternativas, chás, exercícios, ótimo. Mas se o sofrimento estiver insuportável, gente, nada como correr atrás do que vai te trazer paz novamente. Tenho 54 anos, puta saúde de ferro, sou animada, feliz e tomo 20mg de fluoxetina todas as manhãs, sim. E daí?

sábado, 11 de setembro de 2010

O amor (para Jan Leal)

Amor é assim mesmo, Jan...não tem forma, só conteúdo. É uma literatura sem livro, é um filme sem película, é uma peça sem palco. Amor é assim, é um infinito de sensações dentro de nós mesmas, dentro de nossas crenças, pode ser mundano ou espiritual, pode ser amor de amigo, pode ser amor de casal. O amor não se mede e não se compara. Eu te amo mais que você me ama, ou vice-versa, isso é uma falácia. Amor é um sentimento muito particular que vem de dentro de nós, que pode fazer muito bem a quem sente, mas também pode fazer mal a quem não o sabe. Saber o amor é como saber a alho, ou a um tempero gostoso. Algumas pessoas apreciam, outras não suportam, outras reconhecem a aproximação e ficam, outras fogem. Amor é o que emana da simplicidade das relações. Beijos!

quarta-feira, 14 de julho de 2010

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Amigos

Amigos são joias raras, a cada dia que passa mais entendo isso e melhor me sinto comigo mesma. Mas muitas vezes não consigo entender que aquilo que eu gostaria que existisse no outro não existe, fico forçando para que exista, e com isso me machuco. Quantas vezes tento me enganar, projetando na outra pessoa algo que ela não é. É que minha carência é tão grande que tenho a necessidade de ver o que não existe, então crio. Assim como "A Mulher Invisível", às vezes crio relações unilaterais, acredito em coisas que a outra pessoa não tem condições de dar. Mentiras que contamos para nós mesmas, mentiras que tentamos contar para o mundo, mentiras que deixamos que nos contem. Todos os dias é uma nova lição de vida, e aprender sempre faz parte do processo.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Patrícia Patrícia

Esse era o nome dela, da moça que passava todos os dias em frente à minha casa e olhava para cá como se procurasse algo, a moça de cabelos curtos, castanhos, e que eu imaginava, ao vê-la passando, que também tinha olhos castanhos. Claro que eu me escondia atrás da janela, ela procurava algo ou alguém, mas eu não queria que ela visse que eu a via. Não me pergunte o por quê, era uma coisa minha, essa moça passando a pé e olhando aqui para dentro, eu achava tão bonito, achava um gesto tão doce, porque não era um semblante de curiosidade má que ela trazia, mas uma expressão de interrogação sincera, um olhar tranquilo, mas interrogativo, suave, mas perspicaz. Certeza que tinha olhos castanhos também. Usava sempre jeans, bolsa a tiracolo. Não sei se morava por aqui, mas o movimento dela todos os dias aqui em frente era essencial naquela época.

Daqui vejo...

...um par de sapatos amarelos, meias brancas, calças jeans. Daqui vejo também um vaso de jiboia, bem linda e brilhante, subindo pela parede do escritório como se fosse toda dela. E não é que é mesmo?

domingo, 27 de junho de 2010

Sob a lua cheia de Florianópolis

Um dos espetáculos mais lindos que já vi foi a lua cheia brilhando na Lagoa da Conceição. Ao fundo se vêem as montanhas que dividem a ilha, que apontam para o norte. As luzes das casas e carros ainda não chegam a atrapalhar o espelho que se forma na água. Pena que a poluição e a ocupação indiscriminada do solo tendam a destruir essa beleza crua que Florianópolis ainda é, transformando este pequeno paraíso em terra num lugar sem alma, sem vegetação, sem peixes, sem graça. Adoro que as pessoas todas possam aproveitar, desfrutar dos prazeres de lugar tão belo, porém é necessário que se tenha cuidado com tudo, que se cuide do saneamento básico, que não se deixe depredar, que se protejam as áreas verdes, que se protejam os mananciais. Vi a destruição que se promoveu pela ganância imobiliária no Litoral Norte de São Paulo. Hoje em dia praias lindíssimas estão praticamente sem acesso, casas e pousadas tomaram toda a frente do mar, passa-se por um corredor asfaltado, onde uma ou outra praça dá acesso ao mar. Não existem estacionamentos, a situação do esgoto é trágica, e parece que ninguém se importa. Bares e restaurantes proliferam sem condições de higiene, e as casas e hotéis continuam saturando a rede sem o mínimo de preocupação por parte da prefeitura.
Florianópolis parece estar seguindo pelo caminho da especulação e do descaso. Entende-se que aqui o pedaço de terra vale uma pequena fortuna, com ou sem esgoto, com ou sem água. Como neste momento essas coisas não estão aparecendo muito, especula-se. Não falta muito para as misérias começarem a estourar. Algumas já estão aparecendo: a destruição na Praia da Armação e do Campeche, a ameaça à Lagoa do Peri, importantíssima para o abastecimento de água do sul da ilha. Aliás, são duas as ameaças ao Peri, uma é que o avanço do mar venha a contaminar a água doce, e a outra ameaça é a poluição em volta da Lagoa.
Amo passear pela Lagoa em noites de lua cheia, caminhar pela orla, ver o reflexo nas águas tranquilas. Muitas estrelas me acompanham nesses passeios. Gostaria de poder viver isso muito tempo ainda, e que meus filhos e meus netos também pudessem desfrutar desse prazer. É difícil visualizar futuro da forma como as coisas estão se encaminhando, mas vamos tentando fazer nossa parte, cuidando, limpando, conscientizando, evitando desperdícios, para que ao menos possamos recuperar um pouco daquilo que estragamos quando passamos pela vida.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

E não é que a coisa voltou?

Eu não sei, mas o bicho tá solto! Vim para a universidade e de novo fiquei com enjoo, piriri, dor de cabeça e moleza. Que coisa mais chatinha! Saindo daqui vou passar no pronto-socorro para ver se se pode fazer algo, ou é hidratação, hidratação, hidratação. Aiaiai!

sábado, 19 de junho de 2010

A dor do outro

Hoje mando bons pensamentos e muito carinho para amig@s que estão passando por uma fase difícil, torcendo para que tudo se encaminhe bem, positivamente.

Filhos que ajudam!

Meus filhos são lindos e muito queridos, e não é coisa de mãe coruja, não, eles são mesmo! Sempre que podem estão a meu lado me dando força, sendo um apoio para mim, assim como eu, com meu amor, sendo um apoio para eles. Aí que eu fiquei doentinha estes dias, não tem? (como dizem aqui em Floripa) Daí que pedi ao André para trazer uma sopa congelada da padaria para mim, as sopas são maravilhosas, tem de cenoura, abóbora, mandioquinha, e ele, me vendo na cama, meio sofrida, foi todo feliz comprar sopa para a mãe. Trouxe um cup noodles, que eu também tinha pedido, pois estava verde de vontade de comer algo bem salgado, e a sopa. Esquentando a água para o cup noodles, pergunto a ele:
-Sopa de que, filhão?
E ele, bem contente responde:
- Ah, trouxe uma de batata doce!
Caladinha fiz meu cup noodles e subi para dormir. O André então me perguntou se eu não ia tomar a sopa, ao que respondi:
-Mais tarde um pouco, filhote, obrigada!
Imagina se eu tomo sopa de batata doce? Noooooooossssssaaaaaaa!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Só peru...

...morre de véspera. Apesar do aperto - literalmente - estou melhorando. Achei que não ia aguentar mais essa, mas pelo visto sou mais forte do que as forças do mal...hehehehehe....Bem, passadas as tempestades, voltarei em breve com relatos mais amenos, mais doces. Afinal, nada neste mundo é para sempre.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Aiaiai de novo

O pior é que é a terceira vez que tenho intoxicação alimentar aqui em Florianópolis, acho que abuso dos frutos do mar e dos pescados e da comida fora de casa! Tenho que ter mais cuidado! Fui de novo!

Aiaiai!

Nossa, já tiveram intoxicação por alimento? Pois é...nem imaginam como é! Fui!

terça-feira, 15 de junho de 2010

Poemas e histórias

Vou voltar a escrever poemas e histórias. Isso é coisa minha.

O alienista

Se vocês não leram O alienista, de Machado de Assis, deveriam. Esse conto me fez compreender um pouco mais sobre o gênero humano e sua suposta sanidade. Estes últimos tempos, então, me deram a certeza de que em primeiro lugar eu não consigo controlar minha ansiedade sem a fluoxetina. Segundo, a maioria das pessoas são hipócritas, fingem para si mesmas até em frente ao espelho. Não se enxergam, ou são exageradamente auto-centradas. Cada qual com seu umbigo, mas expondo o umbigo do outro. Você já reparou que tem um monte de gente de telhado de vidro jogando pedra no telhado alheio? Interessante, isso, bem interessante. E parece que quanto mais velho se fica, mais bobo, mais hipócrita, mais fingido se fica. Caramba, tenho que me cuidar, não quero entrar para esse rol.
Mas voltando ao alienista, quem será o louco, o que se encontra em posição de decisão sobre quem fica fora ou dentro? Bem, vale a pena ler. Depois você me conta como pode relacionar a história com sua vida. Com nossa vida.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Tudo clareando 2

Agora o sol anda saindo dentro de mim também, depois de meses sob a chuva. Não só externa como interna, mas as conversas entre linhas, as amizades constantes, o apoio das pessoas queridas fizeram uma grande diferença neste percurso, como sempre. Obrigada e todos os amigos e amigas que me ouviram e que me ouvem quando preciso de ouvido, e que me deram e dão um chacoalhão quando preciso de um chacoalhão, e que me deram e dão afagos quando preciso de afagos. Amig@s e família são tudo na vida. Beijos!

segunda-feira, 7 de junho de 2010

tudo clareando

Como o dia que traz o sol e o calor, os dias começaram a me trazer a paz. Essa sensação é impagável.

sábado, 5 de junho de 2010

Como eu queria ser

Eu queria ser durona. Não sentir nenhuma dor quando acho que alguém me magoou, queria me sentir legítima e me alimentar da minha legitimidade, e não ficar me sentindo como se eu estivesse eternamente errando. É possível que eu esteja sempre errando comigo? Que esteja sempre fazendo as escolhas erradas? Que esteja sempre me magoando com minha maneira de enfrentar a vida, as rejeições, as diferenças? Acho que existem coisas que ultrapassam isso, que é território do outro, que não depende de mim. Depende de mim me incomodar mais ou menos, mas por que me incomoda tanto? É assim que eu queria ser, durona, e não me importar. Nao dar a mínima. Ser gigante para mim mesma. Mas não consigo ser gigante para mim mesma, estou me sentindo pequena e frágil porque não consigo resolver meus conflitos e não consigo me livrar da dor. Esse abismo que se abriu "pode ser um novo começo". Começo de quê? Começo de quê, se não há o que começar, se não há como começar agora? Se isso que estou trazendo neste momento não me deixa espaço para começar nada? Retomar as trilhas, reviver os sonhos, encontrar novos caminhos. Eu quero tanto que isso aconteça. Logo. Que esses caminhos apareçam logo para eu sair desse pedaço de lama em que me sinto atolada. Tenho a sensação de que construi um atoleiro e agora tenho dificuldades de sair dele. Quando não percebi, não quis enxergar os sinais, quando fiquei cega, construi meu atoleiro emocional. E a vida segue seu curso, e eu fico me debatendo em questões pessoais que tento engolir sozinha, como todos nós. Sós, como nascemos.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Lagartas

Ontem sonhei com lagartas, aquelas que viram borboletas. Havia muitas, e elas se transformavam rapidamente em uma grande variedade de borboletas roxas, amarelas, azuis, verdes. Davam voltas pelo jardim numa incrível harmonia. No mesmo instante em que eu as olhava, reparei num pequeno inseto que encostava nas flores amarelas da casa ao lado. A princípio me pareceu uma abelhinha, ou uma mariposa, e suas asas batiam tão rápido, e o inseto era tão peludinho! Foi então que me dei conta de que aquilo que eu pensava ser um inseto era um beija-flor em miniatura, uma preciosidade da natureza com seu humhumhum docinho, e a rapidez de seus beijos!

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Amor

Amor vai deixando marcas no caminho, marcas pequenas, um grão aqui, outro ali, vai construindo a base sólida com pedaços de pedra, com cimento, com areia, cal, vai deixando firme o que terá que ser. Não cai com o vento, não se desmancha com a chuva, pode ficar encoberto sob o mato, mas continua lá.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Roda viva...

...é para poucos e bons. As chuvas cederam e agora o friozinho nem incomoda tanto. Enquanto isso, vou tomando chá de acorda Bau.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Parece que faz décadas

...que não escrevo nada aqui. Mas as luzes começam a despontar no fim do túnel. Estou respirando novamente.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Ando tão à flor da pele...

...que nem tenho acessado meu bloguinho. Para vocês imaginarem, não tenho nem lido o blog da Lola diariamente como fazia. Ali exercito cidadania e raciocínio, e saio um pouco de meu umbigo para preocupar-me um pouco com questões mais importantes que eu. Mas acho que tudo é fase, e, apesar de agora estar nesta fase ruinzinha de auto-complacência, ao mesmo tempo estou me questionando o tempo todo, tentando sair desse lugar. Às vezes relaxo, às vezes me estico. Um paradoxo total. Mas acho que não adianta eu querer arrancar coisas de mim que não consigo. Devagar vou me reerguendo internamente, afinal tem sido uns baques meio fortes. E aí só chorar libera um pouco o peso que me invade a cabeça, que movimenta meus atos. Melhor, neste momento, ficar parada e não mover um dedo.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Reflexões 4

Estou me destruindo por dentro para poder me reconstruir desde a base; reformas deixam rachaduras e infiltrações.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Friozinho

O friozinho dá pontinhas de saudade de tudo! Mas a gente dorme melhor, isso é verdade!

sábado, 27 de março de 2010

Outono

Será que é a entrada do outono que me deixa assim pensativa e angustiada? O que poderia minimizar a sensação de inquietude, a vontade de voar como aquele pássaro lindo, um papagaio verde enorme que hoje, pousado no cinamomo vizinho, comia as frutinhas numa aparente tranquilidade digna de uma pintura? Na inquietude eu queria voar, mas igualmente queria ter os pés no chão assim como estava, um pouco touro, um pouco aquário, indecisa entre a aventura, o risco, e a segurança do conhecido, do lar silencioso e soturno desses dias nublados.
Cheia de coragem me declaro livre e tento alçar vôo, mas as asas me faltam naquele instante e, perplexa, sinto que já não preciso voar, já senti o prazer do vôo e estou novamente a sentir a mesma sensação de estranhamento. Não sou eu. É a fuga de mim, é a fuga do que me prende à terra. Deliciosa parte de mim que não precisa se justificar por essas vontades, que as abraça e as bebe. Deliciosa parte de mim que sofre e se recupera depois que a noite cai.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Brincando de fazer poemas

Poetando palavras gestos
sussurros risos chuvosos
delicados dias noites
calçadas molhadas curiosidade
catarse emoção
poeto-me assim
poeto você assim
poeto-nos enfim

quinta-feira, 25 de março de 2010

Coisas boas

Há coisas que vivo que são tão doces, que compensam a dureza da batalha diária:
1.receber um telefonema de carinho no meio do dia
2. sair do trabalho e tomar um vinho com uma amiga conversando sobre tantos assuntos quanto as estrelas que há no céu
3.receber um dinheiro da mãe quando a gente está a perigo
4. receber um torpedo de bom dia com palavras de carinho e beijos
5. receber orkuts amigos e carinhosos
6. ganhar um beijo gostoso dos filhos e noras
7. ganhar um beijo do filho enquanto ele diz que você é legal sem você ter feito nada naquele momento
8. tomar um café na Lagoa com as amigas
9. chamar a vizinha pela janela e ir tomar o café da manhã na casa dela sem preocupações
10. ir à praia e pegar jacaré com a bodyboard
11. receber o carinho e os rabinhos abanando da Coca, Pizza e do Chuchu, e ainda entrar em casa e ter o ronronar do meu gatinho Chico
12. passar uma tarde com as amigas lendo poesias enquanto elas arrumam o jardim
13. comer pão caseiro com café depois do jardim feito
14. receber um e-mail com beijos das irmãs
15. plantar árvores frutíferas no meu jardim
16. ver a lua pela janela do meu quarto
17. ver o sorriso largo dos alunos e sentir que nosso trabalho não é em vão
18. etc
Acho que tenho mais coisas doces que batalhas!

sexta-feira, 12 de março de 2010

Assembléia Legislativa, a casa do povo, muitas vezes a casa da mãe joana, ou: eu também quero uma bateria para mim!!!!

Abro o Diário Catarinense hoje e me deparo com a notícia de que, durante a gestão do deputado Jorginho Mello (PSDB) como presidente da casa, licitou-se e comprou-se uma bateria de fazer inveja às melhores bandas. Claro que nem o deputado nem seus assessores atenderam à reportagem para falar sobre o assunto, seguramente primeiro terão que consultar-se mutuamente e a seus advogados para saber como explicarão essa compra no mínimo estranha para a "casa do povo". As pessoas que frequentam esse lugar a trabalho estão ali para trabalhar, se não me engano.
O atual presidente do legislativo, Gélson Merísio (DEM), segundo a reportagem, disse que pedirá explicações ao deputado, mas que acha que "a licitação deve ter sido parte de algo maior, e não há como um presidente, ou um diretor-geral ficar prestando atenção em DETALHES" (caixa alta minha). Criatura, queria ser eu então o presidente da Assembléia por uma assinatura para assinar uma casa, um carro, um emprego, e algumas coisinhas que me faltam, como por exemplo um aquecedor solar, uma piscina. Também preciso arrumar o portão da minha casa, comprar umas roupinhas novas e por aí vai.
Não se dê a desculpa de que o valor é pequeno, a bateria custou cerca de 5 mil reais. O problema não é o valor, são OS VALORES. Um presidente que assina uma licitação e uma compra sem ler detalhadamente os itens, é conivente com a bandalheira. Uma Assembléia que compra uma bateria para eventos da Assembléia é conivente com a bandalheira. Desde quando uma casa do povo faz festas e bailes desse porte? E para quê? Esse lugar deveria ser lugar de trabalho, de políticos interessados em estar a serviço do povo e não gozando de privilégios em benefício próprio.
Espero que encontrem o responsável por essa compra absurda e por tantas outras coisas absurdas que acontecem no âmbito da política.
A pergunta que não quer calar: qual del@s ali é @ baterista?

quinta-feira, 11 de março de 2010

Reflexões 3

Já perceberam que melhorei, não é? Ainda não vou cantar vitória, mas parece bem animador, o prazer está voltando e os sintomas indo embora devagar. Algumas pequenas recaídas, enfrento a fera, respiro fundo e procuro ver se passa. Cuidar de mim e do jardim já são bons sinais. Chego à noite do trabalho, ligo o computador, verifico e respondo os e-mails, vejo o orkut, vejo fotos, mando mensagens, comento, procuro familiares e amigos antigos tomando uma taça de vinho tinto. É uma forma divertida de me distrair, principalmente vendo fotos e procurando fotos para subir no meu perfil. Às vezes encontro amig@s no msn e teclamos um pouco, mas em geral já é muito tarde, pouca gente acordada nesse horário. É divertido, me distrai do cotidiano. Não consigo ler depois do trabalho, pois fico desatenta, dispersa, então prefiro brincadeiras, bate-papos, ou filmes. Até que as fadinhas do sono venham me buscar e me levar para seu mundinho encantado.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Encontros caóticos

Hoje almocei com uma amiga querida, Lolita, que mora aqui em Floripa, veio de São Paulo como eu, mas que não via desde - incrível -...sei lá, desde há muito tempo. Almoçamos num restaurante vegetariano no Pantanal e matamos a saudade, aliás, alimentamos a vontade de nos reencontrarmos para mais conversas. Porque, quando você encontra alguém interessante e que tem um papo gostoso e cheio de idéias, propostas, conteúdo, é tudo que se quer. Falamos por horas, ouvi dela novas formas de encarar a vida, e de confirmar que o caminho que tomei em minha vida foi um dos melhores que poderia ter tomado, para não dizer o melhor. Afirmar leva uma dose de arrogância que não tenho (infelizmente?). Ela me falou sobre as certezas e sobre o caos, e eu falei sobre a ação. Tivemos uma interação que considero produtiva e revigorante, e nos despedimos tomando café no delicioso ambiente do Manhattan 44, um mercado na Carvoeira, lugar que me traz a memória de meus anos de moradora ali, e dos muitos lanches maravilhosos que Eliana e eu tomamos naquele lugar. Sanduíche de pão integral com queijo branco e tomate e vitaminado. Delícias de quem pode comemorar os muitos amigos que tem.

Casas e jardins!!!


Acho que ainda existe uma revista chamada Casa e Jardim, não existe? Bem, eu não compro revistas há séculos, faço parte da camada da população que tem que escolher entre a revista e um item do almoço. Mas sempre que posso faço um "agradinho" a meu jardim e, claro, a mim mesma, plantando árvores frutíferas. Gosto muito de colher a fruta no pé, poder compartilhar com outras pessoas das delícias de frutas recém colhidas, fresquinhas. Então que neste meio tempo estou com um pé de côco-anão, um de acerola, um de tangerina, um de laranja, dois de pitanga, um de jaboticaba,um de araçá e um de graviola, todos crescendo verdinhos graças aos cercados que o Ricardo e Paula, os jardineiros, colocaram em volta das árvores para protegê-las da Coca-Cola, minha labradora vira-lata que adora devorar árvores e fazer enormes túneis em busca do desconhecido. Hoje pela manhã já chupei uma laranja recém colhida, que me renovou as energias.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Leituras

Hoje foi meu primeiro dia no curso de Leitura e Produção Textual para um grupo da primeira fase de futuros engenheir@s de produção e engenheir@s ambientais. A aula foi muito produtiva, uma vez que nos engajamos em uma discussão super interessante sobre o hábito de ler, sobre o tipo de leitura que normalmente fazemos hoje em dia. Tive a oportunidade de ler para meus alunos um trecho de "Viagens de Gulliver", pertinente para o assunto que abordaríamos. A atenção dos alunos era gigante. A leitura dramática e a inserção do texto em um contexto sócio-histórico foi bem importante para despertar o interesse dos alunos. Jonathan Swift ficaria bem feliz ao nos ver hoje na sala de aula e com certeza nos dedicaria um de seus ácidos comentários. Seria uma honra!

terça-feira, 2 de março de 2010

Planos

Quando passo por algum período meio crítico dos pensamentos depressivos, me confortam os planos para as atividades futuras. Esses planos são um chão para eu pisar quando a cabeça não quer muito acompanhar o corpo, e fico num limbo meio estranho, em que nada parece me dar a sensação de prazer. Acho que o pior da depressão é tirar da gente a capacidade de sentir prazer. Amigos me paparicam, o trabalho vai bem, os filhos me ligam, minha mãe está bem de saúde e me passa vários e-mails engraçados e bonitos, mas eu não consigo ter a sensação de prazer. Será que é só mesmo questão de medicação? Acredito que sim. Enquanto estava medicada, tinha essa sensação, agora estou ficando triste. Pode ser uma adaptação, mas está sendo difícil, principalmente porque estou tendo consciência do processo. Mas, apesar das dificuldades, estou tentando manter o foco nos planos para trabalhos futuros, e isso está me dando um bom alento. Estou me inscrevendo em um curso para poder trabalhar também em um comércio de uma amiga, assim terei duas fontes de renda melhores um pouco. Isso também me deixa mais segura, pois não é fácil ser horista. Se vierem uns freelas, eu agradeço. Escrever também me faz bem, é terapia. ajuda a refletir e buscar soluções para viver melhor e me relacionar melhor com as pessoas, com o mundo. Vou contando as coisas da semana.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Fuga 2

Quero andar fugida de mim. Sumir, sumir, sumir, sumir, sumir, sumir, sumir. Deitar. Ficar deitada na cama que de macia cansa, que de cansaço me vença, e eu de vencida me renda a meu desejo de deitar na cama macia que me cansa.

Fuga

Tenho andado fugida de meu blog.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Chico, meu gato

Ao lado do teclado dorme o Chico, meu gatinho viralata, o animalzinho mais querido e doce do mundo. Chico é malhadinho, com várias partes brancas no peito e nas patas. Isso sem contar o colarzinho de pelos brancos ao redor de seu pescoço. Chico não arranha e não morde forte, só faz brincadeiras, e se a gente diz:ai,ai,ai, ele imediatamente solta o que tem na boca. Olha para mim quando chamo seu nome e adora, simplesmente adora, o André. Brincam muito, na maior confiança. É muito bom ter um gato, eles são extremamente sensitivos e companheiros. Há gente que se engane, dizendo que são traiçoeiros. Não são, nos protegem. Chico tem me protegido há meses. Desde o final da minha relação amorosa, no final do ano, quando ele me viu triste e chorosa, tem andado atrás de mim como um leãozinho, e não sai do meu lado quando estou no computador. Ele tem sentido tudo o que tenho vivido e estado bem perto, estou certa disso. A proximidade dele tem a ver com as férias, a saudade, as experiências, os aborrecimentos, e as pequenas angústias do novo, do desconhecido. Esse bichinho dorme quase o dia todo sobre a minha cama. Ele se espicha todo por ali quando está quente, e se enrola bem enroladinho sobre o edredon quando está frio. Por causa dele tenho noites de sono tranquilas. Acho que ele deixa todo o seu amor e sua fonte de paz sobre minhas cobertas. Chico, meu gatinho protetor, que feliz a idéia de adotar você!

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Memórias

Estava comentando no escrevalolaescreva sobre os papéis de gênero, e como isso pesa em qualquer relação, tanto homo quanto hetero. E falei um pouco sobre a questão do sexo casual, e de como isso é para mim. Quando me envolvo com um olhar, sinto a linha direta com minha libido. Tenho vontade de ver a mulher novamente, sentir seu cheiro, ficar cheirosa para ela, coisas de corte. Sou romântica e acho que uma flor é sempre bem-vinda, uma palavra graciosa. Presentes não são obrigatórios, na realidade acho que nem são bem-vindos antes do primeiro sexo, mas andar de mãos dadas, namorar, olhar com carinho são atitudes essenciais para mim. E depois, se o beijo é gostoso e o sexo é bom, então o caminho parece aberto para que haja mais encontros. Só que na vida real a coisa não acontece bem assim. Enquanto eu tendo a querer a relação estável e acredito que deva haver mais encontros para que a gente possa se conhecer melhor, possa construir algo, geralmente as mulheres estão fugindo das relações estáveis e querem apenas um sexo casual. Aí é que a coisa pega. Eu já tentei algumas vezes não me envolver depois do sexo, mas foi contra tudo o que eu queria e acreditava. Acredito no amor romântico, embora saiba que a gente tem que cultivar outras coisas, viagens, histórias, passeios, cumplicidade, que é o que nos vai garantir a continuidade da relação na hora da meia-brasa e do carvão frio. Até a continuidade da amizade que pode restar dessa relação. Voltei alguns anos no tempo para poder pensar meu presente. Eu não tenho estômago para sexo casual, nem para relações sem futuro, do tipo "enquanto não encontro a pessoa certa, vou ficando com a errada mesmo". Eu já me machuquei muito nessa história e machuquei outras pessoas por isso. Sinto muito, mas eu quero me casar. Para casar, quero namorar. Sexo casual não é namoro. Me causa ansiedade, mal estar, tristeza. Quero namoro, quero romantismo, sim, quero velas acesas no jantar e um bom vinho. Quero uma cama cheirosa e sem medo. Quero dividir minhas coisas, rir muito, dormir abraçada. Viver na corda-bamba não é comigo. Não consigo ser peguete.
Mas por favor não pensem que estou recriminando quem faz sexo casual, tem gente que não quer se envolver mesmo, que só quer curtir, e acho que está ótimo, cada pessoa tem sua forma de viver sua sexualidade. Depois, nem todo o mundo te acha o máximo, então ficar com alguém não significa que essa pessoa vai querer se ligar a você. Tantas coisas interferem nessa história, que é difícil falar da outra parte. Impossível, na verdade. O que posso é falar de mim, e de como eu, Bau, me sinto em relação a situações instáveis. Como boa taurina, quero muita estabilidade e conforto, mas com ascendente em aquário, viajo na maionese algumas vezes. Isso não tira o valor das relações, que podem ser maravilhosas de uma forma ou de outra. Já eu prefiro as estáveis.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Segunda de carnaval

Carnaval na ilha este ano teve gosto diferente dos outros anos. Este ano tenho comigo os 3 meninos e minhas noras, e estou aproveitando bastante, dançando muito, passeando, indo à praia (apesar do tempo não estar muito bom, ao menos não no Campeche, tem ventado muito, e o mar está muito mexido). A dor de ouvido só está sarando agora, imaginem, quase um mês depois! Foram 3 tratamentos diferentes até conseguir arrumar isso aqui! Fui ao Baiacu na sexta, em Santo Antônio de Lisboa, sábado saí com minhas amigas Dio e Dilma na Nego Quirido, o sambódromo de Florianópolis, domingo à tarde fomos dançar atrás do caminhãzinho do Onodi. Foi muito bacana, dançamos tiramos fotos, depois eu posto para vocês verem o clã na folia! Só o André fica em casa, pois ele só quer saber de jogar RPG ou computador...caramba! Um custo tirar esse guri de casa! Hoje fomos à praia, comer um peixão no Seu Chico, e agora à noite, se a chuva der uma trégua, vamos ao Baiacu novamente! EBA!

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Calor pré-carnavalesco

Achei que o calor não fosse chegar a afetar minha vida, mas subestimei as temperaturas do ano de 2010. De acordo com todas as previsões, as temperaturas estão sendo as mais altas dos últimos 53 anos, mais altas ainda do que no ano de 2005, registro de temperaturas recorde no Estado de Santa Catarina.
Assim como o gato se estica no chão de ladrilhos para refrescar-se um pouco, busco uma sombra amiga que me proteja do sol escaldante e que me hidrate nesta semana de pré-carnaval, quando tudo é muito agitado e confuso. Pierrots e Colombinas se desencontram e os eternos apaixonados se desfazem sob as máscaras no Berbigão do Boca, no Baiacu de Alguém ou mesmo no Zé Pereira do Ribeirão, oásis nas vidas áridas dos foliões. A cerveja, a vodka e a cachaça se misturam ao cheiro da fritura da comilança, e eu, um pouco sem rumo nessa dança, sinto a tontura leve e bem-vinda do álcool que me embriaga aos poucos. Isso tem dois lados, o lado bom é amortecer, e o lado mau é a dor de cabeça. Rir e sonhar é o melhor remédio. Deixar fluir as boas sensações, deixar a festa entrar no sangue, esperar o bloco entrar na avenida, triunfalmente, para vencer.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Mulheres e violência

Nascer mulher já implica numa série de impossibilidades e fragilidades socialmente construídas que vão desde a preocupação com a existência e a tentativa de preservação daquele pedaço de pele chamado hímem até aquela coisa pior, que é a vigilância masculina e a pretensa proteção (e posse) desse buraco chamado vagina. Mulheres não são seres humanos, são um monte de carne a serviço do macho, e ai daquelas que não correspondem ao ideal masculino! Relegadas ao nicho do caritó, dos tribufus, das machonas, marimachas, caminhoneiras, dragões, gordas, velhas etc. Horrorizada leio no DC, todos os dias, sobre assassinatos de mulheres por seus amantes, namorados, maridos, ou ex-isso-tudo. É incrível como se matam mulheres no Estado de Santa Catarina. "Machões" de plantão, inconformados com a separação, "machões" incapazes de reconstruir a vida sem a destruição da vida do outro, "machões" incapazes de respeitar o outro. Hoje li na internet sobre uma adolescente turca de 16 anos que foi enterrada viva pela família que não concordava com o fato de que ela "andava" com guris de outra casta, ou algo assim. Um "crime de honra". Aqui os "crimes de honra" não são menores. Homens esganam suas ex-mulheres, atiram para matar, exibindo o poder de vida e morte sobre aquelas que um dia foram suas companheiras. Vimos, atônitas, o assassinato da cabelereira pelo ex-marido, que já havia sido condenado. Esse homem voltou e a matou. Uns anos de cadeia, se é que pegará cadeia, e estará livre para continuar. A mulher, valente, que enfrentou esse monstro, está morta.
Mas a minha pergunta é: por que os homens se comportam dessa maneira ignóbil, por que a sociedade continua criando essa gente sem amor? No início dos anos 1980, se não me engano, houve uma mini-série na Rede Globo chamada "Quem ama não mata", com Marília Pera e Cláudio Marzo, se não me engano. Típico casal em final de relacionamento, ele descarrega o revólver nela. Antes disso, tivemos o caso Ângela Diniz e Doca Street, e esse não foi mini-série. Fotos da casa deles em Búzios, onde o crime foi cometido por um Doca Street drogado, bêbado e enraivecido, que matou a mulher, provavelmente drogada, bêbada e enraivecida também. Mas ele atirou nela. Várias vezes. Há pouco tempo vivi um drama bem próximo de mim, com minha ex-namorada, que acabou tristemente. Desta vez o agressor acabou levando a pior, mas só porque morreu antes de conseguir matar alguém. Drogadito, volta e meia agredia a ex-mulher e ameaçava matar os filhos. Foi trágico da mesma forma.
O que podemos fazer para conter essa onda de violência, a necessidade de "possuir" a outra pessoa, não lhe dando espaço para viver outras relações, ser feliz com outras pessoas? Acho que a escola e a ética familiar, acima de tudo, pode ajudar a mostrar o caminho para essas pessoas. Temos que mudar a mentalidade de gente acostumada a ter tudo, a não abrir mão de nada, a não respeitar o outro, a tomar o que quer seja por bem ou por mal. Se formos por esse caminho, quem sabe teremos menos violência de gênero em nosso país.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Doenças de criança

Nunca pensei em ter dor de ouvido depois de grande - principalmente depois dos 50! HEHEHEHE!!! Incomoda, hein? O médico olhou, diagnosticou a otite e vamos tomar uns remedinhos para sarar. Enquanto isso, tenho que ficar longe das ondas, não dá para usar protetor auricular por causa da infecção, dói. Estranho que não dói pelo lado de fora, dói lá dentro e a dor desce pelo músculo do pescoço,perto da garganta, dá uma sensação estranha. Será que as crianças sentem a mesma coisa? E os cães e gatos, pobrezinhos, se sentem esse incômodo e não conseguem falar para ninguém, ficam a abanando a cabeça, e choramingando? Ainda bem que tenho boca e voz, senão estaria agora com as patinhas em volta do focinho, gemendo.

Verão, verão

Calor, muito calor, eu trabalhando sem ar-condicionado, só com um ventilador...melhor que nada, dirão alguns! Verdade, melhor que nada.
Uma dor de ouvido chatinha tem me deixado longe do mar por estes dias, mas hoje vou ao médico. Preciso voltar à academia e ao bodyboard...amei.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Ostras e chocolates

Naquela noite pedi um shot de ostras. Para quem não sabe, shot de ostra é um pequeno copo cheio de suco de tomate temperado com uma ostra crua no fundo. A gente toma aquele suco apimentado, maravilhoso, e degusta a ostra macia ao final. O paladar agradece a iguaria. Digna de vários orgasmos, gratificantes orgasmos, prazer do bom prato numa boa mesa. Para beber, o vinho, há gente que goste do branco, leve, eu sou mais do tinto, um pouco masculina para aquela pequena pérola que se desfaz em minha língua. Pedi vários shots, a bem da verdade, pois um só não satisfaz ao paladar exigente. Saciada a gula, saciada a sede, me sinto atraída pela linda barra de chocolate, que vem adoçar o café ao final da refeição. O chocolate derretendo nos dedos, lambi as mãos, feliz como uma criança em dia de festa. A combinação foi perfeita. Ostras e chocolates.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

As visitas

Estes dias duas amigas vieram passar uns dias aqui em Florianópolis. Uma delas é amiga de justos 35 anos. Imaginem vocês que emoção, poder matar a saudade, conversar, fofocar, passear, rir e chorar com uma amiga de 35 anos. Nos conhecemos na universidade e desde então nossa amizade vem conseguindo vencer todos os obstáculos que o tempo e as diferenças costumam impor. Casamentos, filhos, diferenças de temperamento, distância, trabalho, objetivos, forma de ver e levar a vida. Creio que o que segurou essa amizade foi, além do amor, o respeito e o desejo de continuar. A vontade de sempre dizer: fulana é minha amiga. Ter orgulho disso, ter prazer em dividir as dores do passado e pensar no futuro dessa amizade. Promessas de visitas que se concretizarão, despedida doce, cheia de compreensão e de vontade de entender e dar a mão. Nos abraçamos com emoção. Foi bárbaro. Ana, Renata, obrigada por tudo, queridas.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Férias ainda, ainda bem

É bom saber que ainda há férias adiante. Depois de um ano de muito trabalho, de expectativas, de sonhos, de realizações, de grandes ganhos e de grandes perdas, aqui estou firme e forte, aproveitando um pouco do mar, do sol, das praias lindas. o tempo está quente e chuvoso, quase todos os dias faz sol e depois chove, o que deixa meu jardim muito feliz! Eu já não fico tão feliz, pois a grama cresce rápido, porém é uma desculpa para poder fazer uma atividade física. Pego o cortador de grama, e vou ao ataque. Daí a pouco o gramado está baixinho e bem lindo. Sempre faço uns freelas nas férias, ontem terminei um trabalho e hoje estou adiantando outro. Está bom, gosto do que faço.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Reflexões 2

Dei uma parada, mas logo retomarei. Fiquei abalada com os últimos acontecimentos e estou tentando fazer coisas agradáveis para tirar as preocupações da cabeça. Caminhando, encontrado amigas, conversando sem pressa, andando de bicicleta, rindo com o André e fazendo meus freelas. Uma hora dessa desembesto a escrever novamente.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Perdas

Perder faz parte do ato de viver. Todos os dias perdemos tempo, células, cabelos, pelos, perdemos dinheiro. E várias vezes, durante a vida, perdemos pessoas, pessoas muito amadas e próximas,ou apenas conhecidos, amigos de amigos, parentes distantes, parentes de amigos. Várias vezes também perdemos nossos animaizinhos, ou nossas plantas, e quantos não perderam suas casas, seus bens materiais em chuvas, enchentes ou mesmo nas esquinas da vida.
Hoje para mim é um dia triste, pois perdeu-se uma pessoa que, embora já perdida, era jovem. Poderia não ter se perdido? Poderia ter sobrevivido à força do vício? Poderia ter vencido o crack? Não conseguiu. Ele sabia que nunca teria força para deixar o crack. Mais um jovem perdido para as drogas, e com isso perdemos todos nós, seres humanos. Não o conhecia pessoalmente, mas sei da batalha da família, do sofrimento que causava a si e aos outros. Acendi um incenso em sua memória, agora que ele está em paz.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Sonetos e sonetistas

Quando meu filho mais velho começou a fazer sonetos, fiquei pensando como é que ele consegue pensar tema, rima e métrica, eu que sou completamente caótica na minha escritura, que quando consigo uma rima é do tipo coração com mão ou filão com pão. Mas admiro demais essa capacidade do Bruno. Ele tem publicado seus trabalhos no www.osolhosdopoeta.blogspot.com.
Há uns dias estava limpando minha estante, quando me deparei com um livrinho chamado Madrugada, publicado em 1921, no Rio de Janeiro, com poemas, na maioria sonetos datados de 1915 e 1916, de meu avô Renato de Castro Lima. Bruno estava aqui em casa passando férias, e mostrei a ele o livro. Ficamos encantados, pois não sabíamos dessa faceta de meu avô. Bruno nem chegou a conhecê-lo, o que descarta a possível influência dele na criação artística do neto.
Sei que nossa família é toda meio performática, meus pais tocavam piano, minha mãe escreve muito bem, meu pai tocava gaita e era um desenhista incrível (era arquiteto), meu sogro era clarinetista, Bruno tocou tuba e teclado, atuou em mímicas e teatro, meu ex-marido foi ator e toca violão e canta, Daniel canta e toca um pouco de violão e André tocou teclado durante muito tempo e e extremamente musical. Eu mesma escrevi muitos poemas e ainda escrevo contos, mas nunca sonetos. Toquei piano, atabaque, cantei. André fala e escreve em inglês fluentemente, sem nunca ter viajado ao exterior e agora está aprendendo japonês. Tem uma habilidade incrível para aprender línguas estrangeiras e para ritmos. Enfim, uma família cheia de gracinhas e musicalidade, e o dom da palavra, escrita ou falada. Mas sonetos... isso é herdado do avô paterno, tenho certeza. Como explicar esse dom? Nao vejo outra possibilidade. Bem, mas para terminar esta divagação, vou publicar aqui um dos sonetos de meu avô, com a mesma grafia antiga que está no livro. Tentei pegar um dos sonetos do Bruno para postar também, mas o blogspot estava muito lento e não consegui acessar:

ARTE (1915)

A´s vezes, alta noite, quanto venho
-rumo de casa - descansar da luta,
olhando a lua doce e branca tenho
o pensamento longe da labuta...

Acceito a vida, ás vezes como um lenho,
outras como uma taça de cicuta, -
e como fica, então, menos ferrenho
o interesse com que ando na disputa...

Mas, o continuo anseio de ser grande
na arte do verso que cultivo e estudo,
minha alma em sonhos se engrandece e expande...

Arte! Como é sereno teu poder!
Na protecção que encontro em teu escudo,
acho todo o incentivo de viver!

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Banco do Brasil e sua clientela indesejada

Vou contar a vocês o que se passou comigo no Banco do Brasil da Lagoa da Conceição. Sem entrar em muitos pormenores, fui pagar uma conta. Meu cartão está vencido e minha conta não é daqui, por isso entrei na fila para pagar no caixa com cheque avulso. Ao chegar no caixa, fui informada que teria que pedir autorização para o gerente, pois não poderia fazer a transação sem o cartão, mesmo no caixa. Depois de longa espera chega um moço sorridente, sr. Adriano, gerente da agência. Eu agradeci o bom humor dele, pois já havia passado por uma pessoa de má vontade e irônica, o porteiro sr. Felipe Poncio, se não me falha a memória. Bem, sr. Adriano me respondeu o seguinte: que ele aparentava bom humor, mas que estava muito aborrecido, já que tinha que ficar "apagando fogo", resolvendo problemas que "nós" (clientes problemáticos) trazíamos para eles. Disse mais, que deixava de realizar grandes negócios, enquanto resolvia problemas o dia todo. Argumentei, para não ser indelicada, sobre minha situação como professora. Alunos dão problemas e passamos muito tempo da aula "apagando fogo", mas escola sem alunos - e seus problemas - não existe, não existem professores se não existem alunos. Argumentei que banco sem cliente é a mesma coisa, não precisaria haver gerente de banco. Claro que sr. Adriano não concordou comigo. Com minha minúscula conta bancária não sou nada, sou apenas uma das pessoas que atrapalham a realização a contento das grandes transações, apenas uma pedra no sapato do Banco do Brasil e seus negócios triliardários.

Engarrafamentos na Ilha de Santa Catarina e as idéias de jerico dos governantes

Sempre tem gente com idéia de jerico - aliás, acho que os jericos são muito mais inteligentes que nós - para minimizar o problema do trânsito lento em Florianópolis. Agora vem um inglês dando a idéia de se cobrar pedágio para fazer com que as pessoas parem de usar seus carros. Uns dizem que o modelo tal funcionou perfeitamente bem na Suíça, outros dizem que o modelo x+y funcionou muito bem em Singapura, etecétera e tal. Meus caros, todos sabem, estão de cabelos brancos de saber que, para minimizar o problema será necessário, em primeiro lugar, melhorar - e muuuuuuuito - a qualidade do transporte público (ônibus decentes, mais confortáveis, com ar condicionado no verão, ao menos), aumentar não apenas o número de ônibus, mas também a rede, haver transporte em horários decentes para a população trabalhadora e a a preços decentes. Se tenho que desembolsar mais de R$12,00 por dia para ir e voltar de meu trabalho no continente, prefiro ir de carro. Não preciso me submeter aos horários ridículos e malucos e desencontrados dos poucos e desconfortáveis ônibus que fazem linha direta entre meu bairro (o ponto mais próximo fica a um quilômetro de minha casa, dos quais 500 metros ao menos é em estrada de chão e sem calçada) e a cidade, onde tenho que tomar outra condução desconfortável para meu trabalho. Esta é a solução para a melhoria do trânsito. Infelizmente nas férias, que são apenas poucos dias, as pessoas tem que ter paciência, pois o número de carros aumenta em quase 5 vezes, não há como manter uma estrutura viária para férias de no máximo 20 dias.
O que nossos políticos e seus "grandes lançadores de idéias" tem que ter em mente, antes de mais nada, é lembrar que ganhamos em reais, e não em dólares, euros ou libras, e que nosso sistema de transporte é de terceiro mundo, cobrando taxa de primeiro mundo. Não ao pedágio, não às taxas exorbitantes, não aos maus políticos e suas idéias mirabolantes para tirar mais dinheiro d@s trabalhador@s, sim ao bom transporte público, ao preço decente de passagens,ao respeito pelo público, às calçadas em bom estado, às ruas pavimentadas e à rede de esgoto e cuidados com as praias e as áreas preservadas. Não à especulação imobiliária desenfreada, não às construções irregulares, não à sujeira e à podridão das propinas.
Ah, esqueci de comentar...todos reclamam que os caminhões que entregam CERVEJA não conseguem chegar em tempo hábil no norte da Ilha ou outros lugares! Caramba, estamos numa ILHA! Que tal usar o transporte marítimo?

Mais novidades das férias

Ainda bem que nas férias faço tudo diferente do que faço durante o ano letivo. Quebro as regras, vou à praia, faço atividades físicas ao ar livre sem pensar que daqui a pouco terei que tomar banho para ir para a escola, arrumo a casa em qualquer horário e levo dois dias para fazer a faxina!!! (às vezes mais...huahuahua). Fiz muita coisa legal estes dias e aproveitei os filhos de montão. Foi bom estar com eles três juntos, cada qual com suas idiossicrasias - e eu com as minhas. Passeamos na Ilha do Campeche e claro que o André se recusou a ir, queria dormir...como é difícil conciliar os horários e desejos dos 3 de uma vez, principalmente do André com os irmãos mais velhos, ele tenta nos driblar de qualquer maneira. Bem, mas ao menos foram numa danceteria e jogaram sinuca juntos e um dia nós fomos almoçar em Santo Antônio de Lisboa. Dias de chuva tem marcado este início de ano, calor mesclado a dias chuvosos e mais frescos.
A Ilha do Campeche é um pedaço de céu na terra, águas mansas e quentinhas, ao menos nesta época. O trajeto da Armação até a Ilha é feito em embarcação de pescadores com coletes salva-vidas e leva uma meia-hora, talvez. Vive uma enorme quantidade de quatis na ilha, então a gente tem que cuidar com bolsas e chinelos, para que eles não levem para o mato, principalmente se houver lanche nas bolsas!
Nestes dias fiz alongamento, joguei frescobol, passeamos na Praia da Daniela, também (acho esta praia sem-graça, mas o Bruno e o João andaram de Banana-boat, que agora não joga mais as pessoas na água). Ray e eu ficamos jogando.
Ontem fomos à Praia do Campeche, e depois Bruno fez um churrasco de despedida. Ele e Ray voaram de volta ontem à tarde. Vou sentir saudade dos meus filhotes, mas logo voltam. Espero que venham para o carnaval. Ainda bem que o André está aqui, me distrai um pouco nesta transição de casa cheia para casa vazia. Também decidi alugar o quarto dos fundos para o amigo do André, o João, assim algumas despesas se pagam.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Dia primeiro de 2010


Continuo inventando coisas novas e divertidas para as férias! Estou curtindo muito, me divertindo muito, aproveitando muito. Hoje fomos andar de caiaque na Lagoa da Conceição. Pela primeira vez na vida remei sozinha num caiaque individual, passeei no meio da Lagoa, me senti numa paz enorme no meio daquela água toda e eu, sozinha com meus pensamentos. O dia estava lindo, pouca brisa, perfeito para remar. Havia muita gente na água, caiaques, pedalinhos, barcos diversos, muitas crianças, famílias. Depois de remar, fui com meu filho e minha nora comer uma sequência de camarões, não me lembro o nome do lugar, mas é quase em frente do lugar onde remamos. Bem servido, não precisamos nem jantar. Depois resolvemos ir à praia da Joaquina, pois minha nora não conhecia. No caminho paramos num bar de snooker e quisemos jogar. As mulheres contra o Bruno. Claro que ganhamos, é óbvio, dois a zero, sem chance para o coitadinho...

Depois fomos à Joaquina e fomos obrigados a confirmar o que nos haviam dito: o trânsito está caótico. Da Joaquina até a Av. da Rendeiras levamos quase duas horas. Não há o que fazer, tem que esperar. Aproveitei para caminhar a fazer alongamento, e Bruno e Ray me pegaram já na Av. das Rendeiras, lá para a frente. E para coroar a noite, pedi que parassem o carro e mostrei a eles a lua, quase cheia, iluminando as águas da Lagoa da Conceição, um dos espetáculos mais lindos destas paragens!

Festa de Ano Novo



Passagem de ano é sempre divertida quando a gente está em grupos! Todos os "desgarrados" amigos se juntaram e fomos passar a meia-noite na casa de um casal de amigas. O jantar foi: arroz com lentilhas, perna de cordeiro com geléia de menta, salada, lombo assado com batatas e cebolas. Tomamos espumantes e frisante rosé. Mas antes da ceia fomos à praia do Sampbaqui para ver os fogos de artifício da Beira-Mar. Foi um espetáculo muito bonito e nós nos divertimos muito, pulamos sete ondas e comemos uvas! Depois voltamos para casa e dançamos até perto de 4h da manhã. Foi uma passagem de ano muito gostosa, boa comida, boa companhia e boa espumante. Tudo o que precisávamos para iniciar bem o ano de 2010!