quarta-feira, 2 de setembro de 2009

D.Dolores

Imaginem o que o coração sente mas a mente não acompanha, a idade avançada, a demência senil, a exigência da companhia, e ao mesmo tempo a doçura da atenção, de uma relação de outra dimensão. Isso tudo foi D. Dolores para mim, uma relação de outra dimensão com uma pessoa que não conheci saudável e que agora se vai, assim, como num domingo em que segurou em minha mão. A mãe de minha amiga foi parte de algo que foi meu também em um momento. Se isso representou algo para o mundo, não sei, mas com certeza representou algo para mim. Meu mundo está cheio de pessoas que não existem, mas ao mesmo tempo se transformaram em uma família distante, ou próxima. É perto delas que estou envelhecendo.

Um comentário:

  1. Bauzinha querida, que bom que vc vem atualizando seu blog com mais frequência! Faz tempo que não vinha aqui, mas agora li tudo, e adorei o que vc escreveu. O tempo perdido fazendo outra coisa pra não fazer Letras, a carne de sol no Dragão do Mar, a criminalidade em Fortaleza (todo mundo dizia pra eu ter cuidado também, não é por vc parecer vulnerável, é pela cidade! Mas detesto que nos assustem tanto assim. Fizeram a mesma coisa em Detroit). Muitas saudades de vc, Bauzinha!

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