segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

os filhos

Filhotes, ai, filhotes. Nunca fui muito piegas. Gosto do dia das mães, de flores de aniversário e adoro quando um filho me leva a um lugar e me compra algo ou me paga um almoço. O valor não conta, conta o gesto. Pode ser um sanduíche e pode ser um camarão. Pode ser uísque ou pode ser cachacinha. Importa é estar com eles e ver a satisfação no rosto deles de pode mostrar que amadureceram, que são independentes. Não existe nada mais prazeroso que dormir na casa de um filho, tomar café da manhã ou provar de uma comida que eles ou a noras fizeram. Sou uma sogra totalmente sui-generis. Adoro as namoradas de meus filhos, sofro com cada briga, cada separação. É a vida deles, afinal e respeito seu espaço. Gosto do beijo do dos meninos quando estão comigo e me abraçam com tanto carinho, é tão verdadeiro e puro!
Mas o que me motivou a escrever sobre eles hoje foi a primeira noite do André na casa nova dele. Ele não está morando longe de mim, mas isso me traz à memória a ida do Bruno e do Daniel. Para os pais, por menos piegas que sejam, sempre fica uma tristeza e um orgulho. A casa fica vazia. Hoje, pela primeira vez em Florianópolis, tranquei as portas antes da meia-noite. Estou só. Meu menino mais novo amadureceu, saiu de baixo da minha asa. Natural e necessário, mas essa constatação é só retórica, por dentro eu queria mesmo era ir lá na porta dele chorando dizendo: brincadeira da mamãe, querido, seu bercinho tá lá te esperando. Aiaiai!
Enfrento minha covardia. Estou com saudade dos meus meninos pequenos, de shortinho, de tênis surrado, caçando sapo, fazendo fogueira, jogando bola, suando, chegando em casa contando histórias. Estou com saudade dos aniversários. Tivemos uma vida boa. Traumas, quem não os tem? Mas fomos felizes. Somos felizes. Que orgulho dos meus bebês grandes, meus homens crescidos, decentes, honestos. Morro de orgulho dos meus meninos.
Hoje presto homenagem a meus filhos, que sempre me acompanharam com amor e com amor têm meu apoio para sempre. Eles se preocupam comigo, me querem feliz, cuidam de mim mesmo à distância, querem minha companhia, têm orgulho da mãe. Caramba! Isso é felicidade!

11 comentários:

  1. É, Bau... acho que às vezes crescer é mais difícil para os pais do que para os filhos. Ver que aquele bebê virou gente grande tão rápido. Com certeza é uma "lamentação" gostosa de viver, de sentir ao mesmo tempo orgulho e medo. Orgulho de ver que o filho tem condições de encarar o mundo, e medo dos espinhos que ele encontrará no caminho. A mágica da evolução da vida, de ciclos em eternos recomeços.

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  2. TE AMO MAMÃE!!!!!!!
    TE AMO!!!!!
    TE AMO!!!!!
    TE AMO!!!!!
    MINHA VIDA, MEU AMOR!!!!! VOCÊ É TUDO PRA MIM, MAMÃE!!!

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  3. O André saiu de casa?! Uau, que grande passo! Que bom que ele está se encontrando, Bau. Dos seus filhos, ele é o único que eu conheço, e é um fofo. Uma pessoa decente sim.
    Deve estar sendo difícil ter essa casa imensa só pra vc. Ainda bem que vc nunca está sozinha!
    Bauzinha querida, manda um email pra mim: lolaescreva@gmail.com É que troquei de email e não sei onde estão os endereços. E aí, vamos mandar um resumo pra Abrapui? É só até domingo!

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  4. Que bela homenagem Bau, hoje em dia é difícil encontrar famílias bem estruturadas com respeito mutuo ao espaço do outro. Gosto muito deste universo dos blogs, mostram belas histórias que nos ajudam a repensar a nossa. Parabéns!

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  5. Oi, Bauzinha querida! Queria saber se vc já viu e planeja escrever sobre Milk. Ah, escreve, vai. E eu queria te convidar pra escrever um guest post pro meu blog. Eu e outras blogueiras (héteros) estávamos falando sobre como, em Milk, tem toda a pinta das lésbicas (e mulheres em geral) serem excluídas do movimento GLBT, pelo menos no início do movimento. E aí surgiu o papo de alguns gays serem misóginos, dizerem ter nojo de mulher. E o papo de muitas mulheres héteros conhecerem tão poucas mulheres lésbicas. E sobre como é ser lésbica assumida num contexto em que tantos homens héteros, por influência da pornografia, veem lésbicas como uma fantasia sexual. Então, eu queria muito ouvir sua opinião sobre tudo isso. E aí, topas?

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  6. Bau!!

    Nossa, que aperto no coração... eu quero ser como você quando crescer!! Cheguei aqui pelo concurso da Lola e agora vou voltar sempre. Você mora em Floripa?? E é tradutora?? Como assim?? Ah, temos muito o que conversar... e você pode me dar uns toques daqui a alguns muitos anos quando meus filhos derem os passos que os seus já deram... Porque eu ainda levo pra cama e vou lá nas madrugadas ver se tá frio, mas já decidi que vou ajudá-los a abrir as asas, ah, se vou!

    Beijos!!
    Rita

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  7. Eu só tenho um: Daniel.
    E sou A Jocasta...sempre digo que tenho peeeena da coitada que virar minha nora.;0)
    Mas pretendo melhorar, pretendo sim..rs

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  8. Bau, cheguei aqui pelo Escreva Lola, e cheguei lá pelo Pequeno Guia Prático. AMEI ler o depoimento de uma mãe de filhos crescidos. Até hoje só achei na blogosfera mães de crianças pequenas. É tão linda a visão de quem já criou os filhos... Parabéns, adorei.

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  9. Rita, querida, é sempre um prazer esses momentos de pijama, soninho, botar na cama e ver se estão cobertos (menos quando eles encasquetam que não querem dormir...). Ajudá-los a crescer com independência é muito bom!

    Vivien, nada como ser uma sogra desencanada para manter o bom relacionamento com filh@s e net@s! Vale a pena!

    Lia, que bom ter você aqui! Adoro a relação que tenho hoje com meus filhos já grandes. Nos divertimos muito e fazemos altas terapias e damos altas risadas quando nos encontramos! Beijos!

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  10. Só hj consegui sentar para ler os textos do concurso, e me deparo com essa declaraçao de amor. É linda e acho que esse momento que vc passou eh algo q tememos desde o minuto que recebemos aquele pequeno bebe nos braços, o dia q vao sair debaixo das asas da mamae.
    Adorei ver como eh sobria e compreensiva, como entende bem sua posição em relação a individualidade deles. Quando as minhas crescerem quero ser que nem voce! :D
    Ja brinquei uma vez no meu blog, quero ser uma Mae Red bull, aquela q da asas e nao tolhe elas para q elas sejam felizes como devem ser.
    Acredito q vc sempre foi uma mae assim! :)

    Beijocas, adorei conhecer seu blog e ler esse lindo relato!

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  11. Dannah5, obrigada pelas suas lindas palavras. Sabe que os caminhos não são muito fáceis, mas é isso: a individualidade deles tem que ser respeitada, assim como quisemos que a nossa também o fosse. Gostei! Vamos então ser Mães Red Bull! Beijos!

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