terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Coisinhas do dia a dia

Agora que recomecei a falar de comida a coisa deslancha. Hoje fiz um almoço super simples, mas de dar água na boca. Olha, vejam só: Alface, tomate e cebola como salada, arroz e feijão fresquinho, e carne moída, feita no azeite de oliva com cebola, alho, tomate pelado e alcaparras. Delícia. Depois fui para o continente para dar aulas.
Vinha da Unisul pensando porque a nossa ponte não tem lugar para pedestre caminhar, e logo pensei em como a arquitetura é algo longe de nosso dia a dia. Meu pai era arquiteto, e talvez por isso eu tenha conhecido um padrão estético que normalmente não vejo nas paisagens. O que é funcional, não é bonito, e o que é bonito não costuma ser funcional. Enfim, são dois padrões. Fazer um edifício ou uma casa bonita significa ter um monte de problemas funcionais a gerenciar. No entanto, se você opta por um edifício ou casa funcional, tem que aguentar a barra de ficar num lugar absolutamente comum, sem nada que faça seus sentidos se alegrarem. Uma caixa de ferramentas. Será que alguém vai trazer vida a Florianópolis e fazer deste paraíso de lugar um lugar arquitetonicamente habitável?

2 comentários:

  1. As pessoas estão acostumadas a associar a arquitetura com edificação - seja na construção ou em sua decoração (inclusive profissionais da área). Mas, ao se falar em paisagismo e urbanismo, o que vem em mente é um jardim bonitinho, ou traçado de ruas; quando na verdade, tanto um quanto o outro são arquitetura da paisagem. Construir o espaço nem sepre é fácil, e se não for bem feito, o que acontece é isso que você citou - "o que é bonito não é funcional". Mas coisas bonitas (bem planejadas) podem ser funcionais. Lembremos de Burle Marx e seu maravilhoso paisagismo, presente nas calçadas do Rio, em jardins públicos; lembremos de Curitiba, uma cidade bonita e funcional - exemplos da boa arquitetura, da arquitetura que todos os olhos merecem ver.
    bjão!!

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  2. Pois é, Re, é isso que critico, não consigo pensar dessa forma como tenho visto as edificações e reformas em Floripa. Nesse sentido acho que nossos políticos e/ou nossos arquitetos daqui precisam mudar a postura do bonito inútil e feio útil. Burle Marx fez um planejamento incrível para a Baía Sul aqui em Floripa que foi deturpado até o último traçado, o que comprova a pouca visão, diria mesmo mediocridade, das pessoas que se envolveram no processo de mudanças desde então.

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